no limite da emoção


 


Concordo que, depois de GRAND PRIX, de 1966, e 24 HORAS DE LEE MANS, de 1971, RUSH – NO LIMITE DA EMOÇÃO, do diretor Ron Howard, é UM DOS melhores filmes de automobilismo. Que as meninas vão adorar. Além de ser um a recriação precisa da época e de reproduzir a emoção de uma corrida.


Resgatou a rivalidade entre o austríaco e acertador de carros, NIKI LAUDA, e o bon vivant e gozador inglês, JAMES HUNT.


Um guia pela razão. Outro acelera com o coração.


Um, trabalha, trabalha, trabalha. O outro, curte.


Sim, percebeu? Os mitos de APOLO e DIONÍSIO se transferiram para 2 pilotos de Fórmula 1.


O velho debate e arquétipos entre estética e prática foram utilizados para contar a história que conduz a trama. Numa época em que a F-1 matava 3 pilotos por temporada.


E já é a quinta renda entre brasileiros [segundo Filme B].


Daniel Brühl, de ADEUS LENIN é Lauda, e Chris Hemsworth, THOR, OS VINGADORES, o mulherengo e bebum Hunt.


 


 



 


A RIVALIDADE ENTRE OS AGLO-SAXÕES SÃO DESTAQUE.


Não sei se a rivalidade Niki Lauda e James Hunt, e a disputa pelo título da temporada de 1976,  foi a maior da F-1. Nem me lembro de Niki ser tão antipático assim, como retratado pelo filme.


Rivalidades como as de Prost e Senna, Prost e Nigel Mansell, Piquet e Mansell, Piquet e Senna, que disputaram (os quatro) o mesmo campeonato, foram inesquecíveis. Como a de Senna e o novato Schumacher, que custou a vida do primeiro.


Mas o acidente de Niki, que deformou seu rosto, e sua volta às pistas, para ganhar outro título, são elementos que inspiraram todo garoto e fã de corrida para o resto da vida


Hunt morreu anos depois. Ganhou este título por mérito, mas por sorte.


Primeiro, herdou o carro veloz e competitivo, já pronto, que seria de Fittipaldi, que fez a loucura de abandonar a McLaren e dois títulos por uma aventura alimentada pelo Regime Militar, a do Brasil Grande: um carro de tecnologia nacional, Copersucar, que deixou o público brasileiro atônito e prejudicou a carreira vitoriosa do piloto.


 



 


O acidente de Nikki o fez ganhar pontos num ano em que o austríaco seria o campeão fácil.


E a decisão de alguns pilotos de abandonar o último e decisivo GP do Japão, disputado sob uma chuva torrencial, deixou o caminho livro para Hunt.


 


o verdadeiro


 


Muita gente me fala que, se eu continuasse na McLaren, eu ganharia o Mundial. O “se” não ganha corrida. A realidade aconteceu. O James era um piloto muito rápido, e fez um campeonato muito importante tanto para a McLaren quanto para ele, numa disputa com o Niki que teve o ponto alto em Fuji. Foi um campeonato meio na sorte, porque, apesar do acidente, o Niki ia ser campeão mundial se não tivesse parado no Japão. Mas a aquaplanagem era tão grande na reta que era como jogar na loteria. Fomos pressionados a largar por causa dos direitos de televisão. Eu dei uma volta, o Niki também, e paramos. Não aceitamos aquele tipo de risco na época. O James aceitou e ganhou o campeonato.


Quem conta é o próprio Emerson, numa entrevista na estreia do filme.


Os dois pilotos estão muito bem interpretados pelos artistas, tanto o Niki quanto o James. A voz, as expressões, o jeito de falar, tudo. O James era um piloto extrovertido, farrista, mas um querido amigo. Só tenho recordações ótimas dele. E o Niki, que é meu amigo até hoje, foi um dos grandes campeões, um dos melhores da história da Fórmula 1, relembrou Emerson emocionado para o globosport.com.


 


 

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Published on September 20, 2013 06:53
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Marcelo Rubens Paiva
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