Hoje amanheceu chovendo, chovendo muito, o que me fez ficar deitado na rede da varanda por uma hora inteira, entre as 5:00 e 6:00am, sonhando com uma xícara de café (estou dando um tempo com a cafeína, recomendação médica), folheando, sem ler, o Poesia Completa de Álvaro de Campos – Do Pessoa, o heterônimo com o qual mais me identifico –, e ouvindo o CD da Birdy no meu pequeno player.
Birdy:
Essa livraria do início do vídeo é um encanto, não? Adoro livrarias assim.
Foi a Larissa Ventura quem primeiro me falou dela. Gostei de cara, não precisei ouvir duas vezes. Tenho esse fraco por vocais femininos desde sempre. Hoje, enquanto a ouvia, me senti em paz comigo, com minha solidão, essa conditio sine qua non de todo e qualquer escritor. Talvez de todo e qualquer artista.
Tô naquele grupo que ainda compra CDs.
Chamam, desde tempos imemorais, de solidão necessária. Eu concordo, claro. Minhas melhores ideias vieram à luz em silêncio. Um silêncio muitas vezes quebrado apenas pelo barulho do trovão.
Tenho essa coisa com a chuva: ela me acalma, me traz paz de espírito. Me inspira.
Technorati Marcas:
Cotidiano,
Roberto Denser
Published on April 25, 2013 08:39