Há sempre duas histórias para contar acerca de uma pessoa; a verdade e a mentira. O meio-termo é uma ilusão de ingénuos. A meia-verdade não é, como o próprio nome engana com malícia, a metade de uma verdade mas sim a totalidade de uma mentira. Omitir, deliberadamente, informação que influencia a interpretação de uma afirmação é sempre a intenção de enganar quem interpreta. Omitir não é mentir? Que acredite nesse engano quem o quiser. É possível não revelar a verdade sem afirmar directamente a mentira? É. Quem o faz, fá-lo conscientemente e conhece como funciona a percepção imperfeita da mente. Há quem domine todo esse exercício de equilíbrio delicado com ironia, sarcasmo e cinismo, com a mesma habilidade de um acrobata exímio em questões de equilibrismo. Nesse constante desafio da queda não há rede entre o acrobata e o fundo do mundo. Na queda, a verdade mata e a mentira morre, a crueldade da realidade é um acidente do qual ninguém nos socorre. Todas as pessoas mentem? Claro que não…
Published on March 08, 2013 01:47
Se for algo mesmo importante e que venha a ser decisivo para o futuro, aí já é diferente.
Digo eu, vá... :)
Beijo!