A escrever que nem uma doida




Hoje cheguei ao aeroporto e era o caos de voos cancelados, pedidos de informação, olhares perdidos e filas para fazer o que quer que fosse (inclusive entrar na área de check-in).

A neve tem destas coisas.

Depois de um fim-de-semana de paz e silêncio cobertos de branco, nada como uma segunda-feira a arrastar a mala de volta a casa e dar o dia como perdido.



Mas durante os muitos compassos de espera, com um olho na fila que não andava e o outro no iphone (como quase toda a gente), dei uma visita ao Facebook, ao Goodreads e aqui ao blogue... onde reparei que o último post era de dia 4 de Fev.

Dei um suspiro e sorri. " Miúda... " Pensei com orgulho. " ...andas mesmo a portar-te bem. A escrever que nem uma doida. "

(A senhora ao meu lado com certeza pensou que era o sorriso de ignorância e que eu não fazia ideia na encrenca em que estava metida.)



A minha satisfação é fácil de entender.

Depois de escrever durante alguns anos, é fácil para um escritor encontrar padrões de criatividade e produtividade, e um dos meus é, quando o blogue abranda para um ritmo mais lento é sinal que ando obcecada com o livro em que estou a trabalhar.



No comboio, de regresso a casa, abri o portátil para ver quantas palavras tinha escrito nesta "semana sem post".

(eu já sabia que o número me ia encher o ego, fazer esquecer o voo cancelado, os choques de malas e alegrar o dia)

O número 15'697

Sim 15'697, mais de 2'600 por dia.

A minha média diária é de cerca de 1'500 palavras por dia, o que dá para perceber a euforia.



Estou possessa de energia e afinal a segunda-feira que tinha dado como perdida no aeroporto ainda deu para escrever este post, e de seguida, de volta ao livro.



Acho que a febre do novo livro vai continuar, e para comemorar, amanhã vou partilhar o prólogo desta nova história "Fantasmas de Pedra"



Liliana





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Published on February 11, 2013 06:46
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