São muitas as vezes que repito para mim mesma: não faz mal sentir-me vulnerável.
Acredito que até a mais confiante das pessoas passa por momentos vulneráveis quando tenta alcançar algo que deseja.
Quanto a mim… basta dizer que é uma novela com demasiados episódios e cenas repetidas.
Com o
lançamento do “Inverno de Sombras”
veio mais um desses momentos.
Disponibilizar o livro ao mundo e às críticas (por vezes nada educadas), confesso, é aterrador. Mas havia mais.
Com este momento, veio um outro que andava a adiar à vários meses:
submeter o livro a editoras. No meu bloco de notas andava com um post-it, nele, os nomes das editoras que tinha seleccionado para enviar o livro.
O tempo passou. Semanas. Meses. O email continuou nos “Rascunhos” da minha mailbox.
De todas as vezes que olhava o post-it, dava-me um nó no estômago e ficava de olhar esbugalhado.
Sempre fui uma escritora independente, e por mais de 5 anos que o dizia com orgulho.
Será que uma editora era o que queria? O certo para mim? (o meu mau feitio é terrível)
Estava preparada para abrir mão da independência? De tudo o que conquistei?
E ainda haviam as desculpas. “O livro ainda não está perfeito.” “Não me parece que seja a altura certa.” “Será o livro certo?” Demasiadas incertezas.
Bastava clicar “Enviar” e arriscar uma oportunidade. O que podia ser mais simples do que isso?
Não havia nada a perder (poderia dizer-se)
Mas havia. Havia a
desilusão da rejeição e a ‘esperança’ que ela me ia roubar. Estou a escrever este post porque afinal,
estar vulnerável faz mal, se nos torna cobardes e nos impede de tomar uma decisão, de tentar alcançar e agarrar oportunidades.
Enviei o email.
A oportunidade surgiu.
A
Editora Marcador (parceira da editora Presença) vai
publicar “Inverno de Sombras” em 2013.
Liliana