Davi x Golias
Meu artigo do GLOBO desta terça incomodou, pelo visto, o mais rico empresário brasileiro. Ele não gostou de ser comparado ao Lance Armstrong, e por meio da gerência de relações com a imprensa de seu grupo EBX, enviou uma resposta publicada hoje nas cartas dos leitores do jornal. Segue abaixo a carta, e logo depois minha resposta, também publicada:
'Capitalismo'
Em relação ao artigo "Capitalismo sem doping" (Rodrigo Constantino, 30/10), cabe esclarecer que: os empreendimentos do Grupo EBX nascem com capital próprio do empreendedor Eike Batista, recursos captados no mercado, com investidores e financiamentos. Os recursos do BNDES a que o Grupo EBX recorre legitimamente são tomados e pagos nas mesmas condições oferecidas a todo o mercado e passam por criteriosa auditoria do banco. Do total de linhas aprovadas diretamente com o banco, foram desembolsados em operações diretas cerca de R$ 2,4 bilhões. Assim sendo, a exposição de crédito do BNDES com o Grupo EBX representa menos de 10% do total do endividamento consolidado do grupo. O restante foi obtido no mercado e com bancos privados. Como noticiado pela imprensa em 21 de outubro, os empréstimos aprovados pelo banco ao grupo nos últimos quatro anos correspondem a apenas 1,6% dos desembolsos do banco no período.
NILSON BRANDÃO JUNIOR
Gerência Geral de Relações com a Imprensa do Grupo EBX
Nota do autor:
Os desembolsos do BNDES são oferecidos a todo o mercado, mas, curiosamente, um seleto grupo de grandes empresas representa mais da metade da carteira de empréstimos do banco estatal. Foi justamente esta simbiose entre governo e grandes empresários o alvo de minha crítica no artigo. Pelo porte de empresas como a JBS e a EBX, tais subsídios são desnecessários e representam uma transferência de recursos dos pagadores de impostos para ricos empresários. Este tipo de doping não é saudável para o modelo capitalista de livre mercado. No mais, o BNDES não é a única forma de 'dopar' empresas próximas ao governo, como explicado no artigo. [image error]
'Capitalismo'
Em relação ao artigo "Capitalismo sem doping" (Rodrigo Constantino, 30/10), cabe esclarecer que: os empreendimentos do Grupo EBX nascem com capital próprio do empreendedor Eike Batista, recursos captados no mercado, com investidores e financiamentos. Os recursos do BNDES a que o Grupo EBX recorre legitimamente são tomados e pagos nas mesmas condições oferecidas a todo o mercado e passam por criteriosa auditoria do banco. Do total de linhas aprovadas diretamente com o banco, foram desembolsados em operações diretas cerca de R$ 2,4 bilhões. Assim sendo, a exposição de crédito do BNDES com o Grupo EBX representa menos de 10% do total do endividamento consolidado do grupo. O restante foi obtido no mercado e com bancos privados. Como noticiado pela imprensa em 21 de outubro, os empréstimos aprovados pelo banco ao grupo nos últimos quatro anos correspondem a apenas 1,6% dos desembolsos do banco no período.
NILSON BRANDÃO JUNIOR
Gerência Geral de Relações com a Imprensa do Grupo EBX
Nota do autor:
Os desembolsos do BNDES são oferecidos a todo o mercado, mas, curiosamente, um seleto grupo de grandes empresas representa mais da metade da carteira de empréstimos do banco estatal. Foi justamente esta simbiose entre governo e grandes empresários o alvo de minha crítica no artigo. Pelo porte de empresas como a JBS e a EBX, tais subsídios são desnecessários e representam uma transferência de recursos dos pagadores de impostos para ricos empresários. Este tipo de doping não é saudável para o modelo capitalista de livre mercado. No mais, o BNDES não é a única forma de 'dopar' empresas próximas ao governo, como explicado no artigo. [image error]
Published on November 02, 2012 05:34
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