inéditos e retraduções
em vista da boa vontade da boitempo em corrigir eventuais lapsos de informação aos leitores sobre suas edições, indiquei à sua editora-adjunta bibiana leme alguns pontos que mereceriam correção: ao contrário do que afirmava a boitempo em seu site, napoleão, de stendhal, o tacão de ferro, de jack london, e os deuses têm sede, de anatole france, não eram inéditos no brasil antes de sua publicação pela referida editora. o lapso já foi devidamente corrigido nas respectivas apresentações dos títulos, restando apenas uma matéria de terciane alves, reproduzida no site da editora, aqui.
é precisamente esta uma das principais preocupações deste meu trabalho de pesquisa sobre a história da tradução no brasil. temos uma bibliografia traduzida riquíssima; no entanto, devido a uma série de fatores - entre eles, nossa deficiente legislação sobre obras órfãs e abandonadas, que dificulta a liberação dessas obras para amplo acesso social -, é espantosa, confrangedora a quantidade de obras que se perdem nos desvãos da memória lítero-tradutória.
assim, por exemplo, desde 1945 dispomos da obra de anatole france, os deuses têm sede, em tradução de marina guaspari, com reedição em 1954, pela extinta editora vecchi:
[image error]
que bom, ótimo mesmo, que a boitempo lance uma tradução de les dieux ont soif, agora de daniela jinkings e cristina murachco:

só não dá para dizer que é a primeira. a propósito, na agência brasileira do isbn os créditos de tradução constam como:
PESQUISA NO CADASTRO DO ISBN
RESULTADO

Palavra Pesquisada:OS DEUSES TEM SEDE

ISBN: 85-7559-011-1
TÍTULO: OS DEUSES TEM SEDE
VOLUME DA COLEÇÃO: 000
AUTOR: FRANCE, ANOTOLE
TRADUTOR: CUPERTINO, MARIA CRISTINA
PÁGINAS: NÃO INFORMADO
EDITORA: BOITEMPO EDITORIAL
quanto a napoleão, de stendhal, tenho notícias de pelo menos uma tradução pela gráfica record, em 1969. encomendei o exemplar e darei maiores referências quando chegar.
quanto a o tacão de ferro,* ele contava com duas traduções entre nós antes do lançamento da boitempo. saiu inicialmente em 1947, pelas edições do povo, em tradução de sylvia león chalreo:

e em 1967 pela livraria exposição do livro, em tradução de guaraci edu:

saúdo, naturalmente, a nova tradução de afonso teixeira filho, apenas lembrando que não se tratava de obra inédita entre nós:

de qualquer forma, fico feliz que a editora tenha prontamente retificado essas falhas de informação.
* para as obras de jack london traduzidas no brasil, encontra-se um levantamento aqui.

é precisamente esta uma das principais preocupações deste meu trabalho de pesquisa sobre a história da tradução no brasil. temos uma bibliografia traduzida riquíssima; no entanto, devido a uma série de fatores - entre eles, nossa deficiente legislação sobre obras órfãs e abandonadas, que dificulta a liberação dessas obras para amplo acesso social -, é espantosa, confrangedora a quantidade de obras que se perdem nos desvãos da memória lítero-tradutória.
assim, por exemplo, desde 1945 dispomos da obra de anatole france, os deuses têm sede, em tradução de marina guaspari, com reedição em 1954, pela extinta editora vecchi:
[image error]
que bom, ótimo mesmo, que a boitempo lance uma tradução de les dieux ont soif, agora de daniela jinkings e cristina murachco:

só não dá para dizer que é a primeira. a propósito, na agência brasileira do isbn os créditos de tradução constam como:
PESQUISA NO CADASTRO DO ISBN
RESULTADO

Palavra Pesquisada:OS DEUSES TEM SEDE

ISBN: 85-7559-011-1
TÍTULO: OS DEUSES TEM SEDE
VOLUME DA COLEÇÃO: 000
AUTOR: FRANCE, ANOTOLE
TRADUTOR: CUPERTINO, MARIA CRISTINA
PÁGINAS: NÃO INFORMADO
EDITORA: BOITEMPO EDITORIAL
quanto a napoleão, de stendhal, tenho notícias de pelo menos uma tradução pela gráfica record, em 1969. encomendei o exemplar e darei maiores referências quando chegar.
quanto a o tacão de ferro,* ele contava com duas traduções entre nós antes do lançamento da boitempo. saiu inicialmente em 1947, pelas edições do povo, em tradução de sylvia león chalreo:

e em 1967 pela livraria exposição do livro, em tradução de guaraci edu:

saúdo, naturalmente, a nova tradução de afonso teixeira filho, apenas lembrando que não se tratava de obra inédita entre nós:

de qualquer forma, fico feliz que a editora tenha prontamente retificado essas falhas de informação.
* para as obras de jack london traduzidas no brasil, encontra-se um levantamento aqui.
Published on July 04, 2012 13:01
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