Cá para mim isto agora até já é uma questão de honra, miúdos


Dir-me-ão que Fàbregas é um bom miúdo. Dir-me-ão que é franco e assertivo. Dir-me-ão mesmo que alguém que se queixa da vacuidade do discurso dos futebolistas, como eu já aqui fiz, não pode reclamar agora por Fàbregas ter encarado de frente as perguntas sobre Portugal, assumindo claramente que o adversário de amanhã é mais forte se jogar em contra-ataque. A mim, que sou um desconfiadão, a sua condescendência entrou-me pelos olhos adentro. Tivesse verdadeiro respeito por nós e Fàbregas não se punha a sugerir-nos a melhor táctica para valorizar a meia-final do Europeu e, como tal, engrandecer a vitória espanhola. Só espero que os jogadores portugueses tenham ficado tão enfurecidos como eu. A fúria já provou ser o nosso melhor tónico. Aliás: tenho aqui compilado um monte de exemplos históricos em que fomos alvo da condescendência, da sobranceria e do paternalismo espanhóis. Se for preciso fazê-los chegar à Ucrânia, apitem que o email segue já. Quero essas bocas a verter espuma, rapazes. Andam a pedir-nos que ao menos demos alguma luta. Mas estão a brincar connosco, ou quê?

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Published on June 26, 2012 03:26
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