Fórum Fntástico 2021 – dia 2

Sábado é sempre um dia mais concorrido em qualquer evento. Hoje a programação foi vasta, com mais que um espaço da Biblioteca Muncipal Orlando Ribeiro ocupada a todas as horas, e com actividades e sessões de autógrafos a acontecerem no pátio principal durante o dia todo.

Prémio Admastor de Carreira atribuído a Beatriz Pacheco Pereira

O que resulta que não consegui participar de toda a agenda, com muita pena minha. Mas o que vi foi mais que suficiente para me manter ocupada. E hoje, digo foi dia de conhecer novos projetos, novas BDs, novos romances e antologias, pedir muitos autógrafos (e, claro comprar mais livros), mas mais que isso foi um dia para conversasr com pessoas que já conheço há muito, mas que infelizmente só tenho oportunidade de ver neste tipo de eventos. E ainda conheci novas pessoas presencialmente, que anda só tinha tido o previlégio de conhecer oline, bem como contactei com autores, artistas e bloggers cujo trabalho já conhecia, mas com qum não tinha contactado.

Por exemplo, foi um gosto conhecer a Cristina Alves, do blog “Os Rascunhos” (se não conhecem, visitem, que vale muito a pena, mesmo)!

Apresentação do documentário “40 anos do Fantasporto”

Como hoje aconteceu muita coisa, vou ser mais resumida que ontem. Após a exibição do fantástico, passo a redundância, documentário “40 anos de Fantaspoto” de Isabel Pina, Beatriz Pacheco Pereira subiu ao palco para receber o Prémio Adamastor de Carreira (salvo erro), sendo o mesmo atribuido ainda ao seu marido, Mário Dorminski, De tarde, Beatriz voltou ao palco para apresentar o seu mais recente livro (ilustrado) “Alice e os Abutres”, Como já li contos da autora e gostei da premissa deste, foi uma das obras que adquiri e para o qual apoveitei para pedir um autógrafo.

Beatriz Pacheco Pereira na apresentaçao do seu romance “Alice e os Abutres”

Durante o dia foram acontecendo ainda várias sessões de Jogos narrativos: Ludodrama, Gesta e Maussitter, ao qual tive oportunidade de assistir, e sobre os quais fiquei muito curiosa.

Painel “à conversa sobre videojogos”, com Ricardo Correia e João Campos

Da parte da tarde ainda assisti a um pouco do painel “Á conversa sobre videojogos”, mas como queria também assistir a outro que estava a acontecer ao mesmo tempo noutro local da Biblioteca, acabei por não poder seguir este até a final.

R.C. Vicente, Frederico Duarte, Francisco Ramalinha e Rogério Ribeiro

“As sete vidas de um romance”, moderado por Rogério Ribeiro, convidou R.C.Vicente (Raquel), Frederico Duarte e Francisco Ramalhinha, a falarem sobre as suas experiências de publicação. Os três escrevem sagas de vários volumes, sendo que a Raquel relata ter publicado inicialmente numa vanity-press, por desconhecimento da significância e de como o mercado livreiro operava. Mencionou que este modo de publicação “matou” o seu livro, que agora renasce numa nova edição da Editora Velha Lenda (uma editora muito jovem que tem vindo a apostar exclusivamente em autores portugueses”.

Frederico Duarte publicou os dois primeiros livros da sua saga na Editora Nova Gaias, que foi entretanto absorvida pelo Grupo Leya, que decidiu não mais apostar no autor, apesar do enorme sucesso que o mesmo teve na época, e da comunidade de fãs que a saga “Avatar” já tinha. Ele teve de lutar e gastar dinheiro em advogados para poder reaver os diretos de publicação dos primeiros dois livros (um contracenso quando se recusavam a publicar as sequelas). Já conheço o Frederico há alguns anos e gostei muito do seu primeiro livro, que vê agora reeditado pela Editora Divergência. Mais dois estão já escritos e o quarto está em produção.

Francisco Ramalhinha teve um percurso um pouco diferente tendo publicado através de uma vanity-press (como a Raquel), mas de forma consciente e tendo trabalhado para criar uma base de fãs que antecipam agora a reedição do primeiro e o lançamento do segundo. (Esta reedição ainda não foi lançada, mas está para breve)

Carlos Silva, Diana Pinguicha, Mónica Cunha e Rogério Ribeiro

De seguida foi a vez do painel “Na pandemia também se publicou”, com Carlos Silva, Diana Pinguicha, Mónica Cunha. Carlos Silva falou de como a Editora Imaginauta lutou para lançar alguns títulos durante a pandemia, com sucesso. Diana Pinguicha contou um pouco da sua experiência com a publicação do seu romance “A Curse of Roses” nos E.U.A., e de como a pandemia impediu que fizesse a sua booktour presencial. Já Mónica Cunha, vencedora do Prémio Ataegina, falou de como o confinamento foi crucial para que tivesse concorrido ao prémio.

Painel “No centeário de Stanislaw Lem”

Pude ainda assistir a uma parte do painel “No centenário de Stanislaw Lem”, onde houve um debate muito interessante sobre a genialidade do imaginário do autor, e também sobre como, nas escolas, o ficção científica e o fantástico podem ser usados como catalizadores para o debate consciente sobre o presente e o futuro da humanidade. Depois foi a vez de duas estudantes universitárias de Design de Comunicação, apresentarem o seu projeto final, que teve inspiração no filme “Solaris” (com base no livro de autor). E deixo já aqui o convite para visitarem, este projeto, que é também um podcast, de nome PARCAE.

Apresentação da antologia de BD “Apocryphus Monstro!”Apresentação da BD “A Lenda de Adora”, de Tiago da SilvaApresentação de “Farol da Esperança – Antologia Hopepunk”

Tive ainda oportunidade de assistir a três lançamentos: “A Lenda de Adora”, de Tiago da Silva; a antologia de BD “Apocryphus Monstro!” e ainda a antologia “Farol da Esperança – Antologia Hopepunk”. Ainda consegui pedir autográfos a dois artistas de BD, Joana Afonso e Ricardo Baptista”, que também estiveram no festival apresentar a antologia de BD “Ditarambos: Abismo”

Foi assim um dia muito produtivo e em que tive oportunidade de coversar com muita gente. Pena foi não haver tempo para mais ainda. Amanhã é o último dia do evento. Se puderem, apareçam. Não se vão arreender!

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Published on October 09, 2021 15:17
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