Entrevista | Interview: Jackie Williams
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Olá, Jackie! Pode apresentar-se a quem não a conhece?
Sou casada e tenho três filhos adultos e seis netos. Vivo no adorável País de Gales, no Reino Unido, e trabalho como prestadora de cuidados de saúde mental. Nos meus tempos livres gosto de caminhar, aprecio arte e mantenho-me em forma... quando consigo apertar a minha agenda, lol. Gosto de ver filmes de terror e estou sempre à procura daquele que pode realmente assustar-me.
O que a levou a tornar-se escritora?
Comecei a escrever depois de uma caminhada com o meu marido num inverno amargo. O mundo parecia outro planeta, com tudo gelado e nenhum movimento, embora a brisa fosse bastante forte e cortante. As árvores curvavam-se com o peso do gelo e os passarinhos estavam congelados nos ramos. Quando chegámos em casa, escrevi o meu primeiro poema. Enviei-o para a Arrival Press, que o publicou, e assim começou a minha escrita.
Quantos livros e contos publicou?
"A Feast Of Horror" ("Um Festim de Terror"), disponível na Eloquent Books, Amazon, Barnes & Noble; o livro infantil "Tori-Jean's Busy Day" ("O Ocupado Dia de Tori-Jean"), da Strategic Books e disponível para encomenda prévia; "Roadkill" e "Gerald's Car" ("O Carro de Gerald"), no Smashwords. Também integro as seguintes antologias: "Satan's Toybox: Demonic Dolls" ("A Caixa de Brinquedos do Diabo: Bonecas Demoníacas"); "Satan's Toybox: Toy Soldiers" ("A Caixa de Brinquedos do Diabo: Soldados de Brincar") a ser lançado em breve e ambos disponíveis no Smashwords e Amazon; "Voices from the Beyond" ("Vozes do Além") pelo grupo Book Junkies, disponível em breve. Também publiquei poesia e contos no Reino Unido através da Arrival Press.
Prefere escrever histórias curtas ou longas, apesar de ter escrito ambas?
Prefiro histórias curtas. Sou impaciente e gosto de terminar o que comecei, mesmo que demore toda a noite e o dia seguinte.
Escreve principalmente histórias de horror. Porquê esse género?
Terror e fantasmas sempre me estiveram no sangue (por assim dizer). Desde tenra idade o meu pai contou-me histórias de fantasmas, e se uma das histórias do meu pai não assustar, então nada o poderá assustar. Mas a minha escrita começou com poesia. Publiquei imensa poesia em livros, revistas, jornais, e até mesmo em teletexto na televisão. Escrevo poemas sobre vários assuntos. Creio que a poesia liberta os escritores de eventuais bloqueios; se me deparar com um, escrevo um poema acróstico e isso normalmente funciona. Publico poesia e contos há já algum tempo, mas um dos meus livros mais recentes é "A Feast of Horror" e está cheio de histórias de terror. Tenho alguns contos favoritos no livro, como "Emelia", "Wonderfeed" e "Sophie Night". Embora tenhamos gostos diferentes, creio que há uma história para todos dentro deste passeio assustador; o livro termina com uma boa porção de poemas assustadores. O livro publicado mais recentemente e que integro é "Satan's Toybox: Demonic Dolls", em que a minha história "Forever Friend" ("Amigo para Sempre") se junta a outras de excelentes escritores. Foi publicado pela Angelic Knight Press e recebi também a notícia de que vou ser incluída na sua nova antologia chamada "Satan's Toybox: Toy Soldiers". Outra antologia é "Voices from the Beyond", pelo grupo Book Junkies, e contém apenas histórias verdadeiras de fantasmas. Vou ser incluída nesta colectânea de pôr os cabelos em pé - às vezes a verdade é mais estranha do que a ficção. Tenho dois pequenos contos de terror publicados por mim mesma no Smashwords, nomeadamente "Roadkill" e "Gerald's Car"; são apenas algo para ler antes de adormecer.
Como reagiu a sua família quando começou a escrever?
Quando comecei a escrever praticamente mantive a minha escrita para mim. Sentia que não era boa o suficiente e tinha medo que as pessoas fizessem troça ou dissessem coisas negativas. Mas quando disse à minha família, ficaram satisfeitos e apoiaram-me.
Que comentários tem recebido dos leitores até agora?
Sempre tive um feedback misturado, mas nada muito mau ou de destruir-me a alma, afinal de contas todos temos gostos e opiniões diferentes.
Qual foi a coisa mais difícil de ouvir?
A coisa mais difícil de ouvir de um editor foi "Desculpe, mas sua história precisa de muito trabalho para ascender a um padrão de publicação". Isso pode ser esmagador depois de tanto trabalho. O sentimento com que se fica é o de que não se é bom o suficiente; acho que é muito melhor levar com um peixe molhado na cara!
Qual foi o melhor conselho que recebeu?
No início era membro de um círculo escritores (Tillery Writers Circle) e com eles encontrei a confiança necessária. Até subi a palco algumas vezes e li a minha poesia. Mais tarde juntei-me a um grupo online chamado Fanstory. Fanstory é um site excelente para a construção de confiança e para receber feedback livre sobre o seu trabalho. Gostaria de aconselhar os novos escritores a explorarem o site. O melhor conselho que alguém pode receber é: "não desista!".
O que fez para conseguir que as suas histórias fossem publicadas?
Se as histórias são o seu forte, a melhor maneira de obter uma posição é inseri-las em colectâneas. É realmente difícil fazer o seu trabalho sair, mas numa antologia existem muitos outros escritores a sentir o mesmo, não está sozinho. Então, aprovado ou reprovado, continue a escrever. O meu livro "A Feast of Horror" foi publicado num negócio de 50/50. Paguei uma grande quantia de dinheiro para ser publicado. Na época era ingénua; desde então cresci e aprendi muito. O conselho que gostaria de compartilhar é: não pague para ter o seu trabalho publicado, a auto-publicação trará mais benefícios, a não ser, é claro, que encontre um editor genuíno que o apoie a 100%.
Está a trabalhar em algo de momento?
De momento estou a trabalhar numa novela/ romance. Não tenho certeza a qual pertencerá, isso depende da história. Adoro escrever!
Onde é que os leitores a podem encontrar?
Podem encontrar-me no Facebook e no Goodreads.
https://www.facebook.com/scruplesm?ref=pymk#!/profile.php?id=1664588497&sk=info
http://www.goodreads.com/user/show/5756702
Published on December 02, 2011 08:20
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