Do alto da muralha de Hisn al-Hafa, Wazir observava os camponeses que trabalhavam os campos ao fundo da encosta. O número de soldados que vigiava o castelo e se mantinha atento a um ataque súbito por parte das forças dos Encobertos era ainda maior. Esse era o preço que pagavam pelo feito do seu antepassado Amenhamet, que roubara a espada de um dos Encobertos. A vingança caía sobre eles todos os dias como uma maldição. Cada dia era vivido sem esperança, sabendo que podia ser o último. E era essa a intenção dos Senhores do Mal que, embora pudessem matar todos os habitantes de Hisn al-Hafa de uma só vez, preferiam fazê-lo gradualmente, disseminando o medo e a inquietação.