Deana Barroqueiro's Blog: Author's Central Page, page 70

July 6, 2011

O que dizem os Leitores...

...Sobre O Navegador da Passagem

Julgo que um dos maiores prazeres de qualquer escritor consiste em saber que a sua obra agradou. Outro será o contacto com os leitores em palestras ou nas feiras do livro, sítios privilegiados para estes encontros. Foi precisamente na Feira do Livro de Lisboa deste ano que conheci a leitora Maria de Jesus e lhe pedi que me desse a sua opinião sobre os livros (trazia vários para eu assinar).

Recebi há dias o seu e-mail, ao qual já respondi, mas que gostaria de vos dar a conhecer, visto serem as críticas dos leitores a melhor recomendação para a leitura de um livro.

Boa tarde. Espero que se encontre de boa saúde.
Tive o privilégio de a conhecer pessoalmente na Feira do Livro de Lisboa, no corrente ano, onde colocou a sua dedicatória pessoal nos livros que tenho da sua autoria. Foi muito gratificante para mim, conversar com a senhora, que achei de uma grande simpatia e gentileza, pela forma afável de me receber.
Acabei de ler o seu livro "O navegador da passagem", que achei fantástico. Admirei sobretudo a mestria com que conseguiu recriar os ambientes vividos pelos nossos navegadores durante as suas viagens marítimas, os motins, as doenças, os castigos e até os lugares com as suas paisagens exóticas. Acredito que precisou de realizar uma grande pesquisa histórica e de ler muito antes de iniciar este livro. Li-o com grande prazer e entusiasmo, e também algum divertimento em certas passagens. Era como se estivesse a ler um livro de aventuras. Concordo plenamente com a senhora, quando afirma que Bartolomeu Dias foi um navegador injustiçado no seu tempo.
Desejo-lhe muita saúde e inspiração para continuar a escrever com a mesma mestria e talento.
Um abraço de amizade da sua admiradora,
Maria de Jesus.

Sábado 02-07-2011 16:23

Bem haja, Maria de Jesus, pela sua gentileza e carinho. Muito obrigada.
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Published on July 06, 2011 01:14

June 27, 2011

Camões na China

Eduardo Ribeiro, de que já aqui tenho falado, estudioso da vida de Camões em Macau, onde reside, vem a Portugal para apresentar o seu novo livro e fazer uma conferência na Casa Memória de Camões, em Constância, no âmbito do colóquio que conta ainda com as palestras de Máximo Ferreira e Ana Maria Dias.

Constância, 3 de Julho - Colóquio «Camões pelo Mundo»

11h00 - «Sinais de Camões em Constância» por Ana Maria Dias
15h30 - «De Constância à Índia – Astronomia de Os Lusíadas» por Máximo Ferreira
16h30 - «Camões na China» por Eduardo Ribeiro


Na Casa Memória/Jardim-Horto de Camões, em Constância

A não perder, este belo passeio de Domingo, por um lugar privilegiado, tanto para os apaixonados de Camões como para todos os outros. Eu lá estarei, sem falta!
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Published on June 27, 2011 10:54

June 24, 2011

A crítica de Nuno Crato à Educação

Intervenção de Nuno Crato no Fórum Portugal de Verdade (em Aveiro), subordinada ao tema da Educação, em 20 de Abril de 2009.
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Published on June 24, 2011 04:26

June 17, 2011

Antologia da Memória Poética da Guerra Colonial


A Antologia da Memória Poética da Guerra Colonial foi lançada na quarta-feira, 15 de Junho, em Lisboa, com uma magnífica apresentação de Joaquim Furtado. Contém mais de 600 poemas de 180 autores, 18 dos quais são mulheres.

Honra-me muito pertencer a esse grupo e ver incluído na Antologia um dos primeiros poemas que escrevi na minha juventude, publicado no Suplemento Juvenil Diário de Lisboa, no dia 11 de Julho de 1967.

A Antologia da Memória Poética da Guerra Colonial , publicada pelas Edições Afrontamento, é uma obra pioneira, que se (des)esperava há muito, sobre os tempos negros da ditadura e da guerra, uma colectânea da nossa memória colectiva, de um passado próximo que nos tocou e toca a todos.
Obra feita com grande rigor, sensibilidade e um imensíssimo trabalho de pesquisa, coordenado pela Professora Dra. Margarida Calafate Ribeiro, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, e pelo Professor Roberto Vecchi, da Universidade de Bolonha.

Aqui vos deixo meu poema seleccionado para a Antologia:

Cantiga de amigo

Olhei-me com sede na manhã fria
e só tinha mãos que o mar esquecia
Morrerei donzela
e sozinha

Toquei-me um calor de corpo macio
e só tive mãos para um mar vazio
Morrerei donzela
e sozinha

E só tinha mãos que o mar esquecia
nessa onda morta amigo não via
Morrerei donzela
e sozinha

E só tive mãos para o mar vazio
na onda lassa nem um barco esguio
Morrerei donzela
e sozinha

Nessa onda morta amigo não via
rumarei meus passos na areia fria
Morrerei donzela
e sozinha.

Diana Barroqueiro, "Juvenil" do DL, de 11/7/1967


15 de Junho de 2011, 19h00, Centro de Informação Urbana de Lisboa, CES-Lisboa

Enquadramento da obra

Entre 1961-1974 Portugal manteve com as suas então colónias de Angola, Moçambique e Guiné-Bissau uma guerra, mobilizando perto de um milhão de homens e tocando praticamente todas as famílias portuguesas. A experiência da participação portuguesa neste evento de indefinida colocação historiográfica, quer pela denegação que oficialmente o caracterizou, quer pela radical reformulação geopolítica do país que a partir dele se engendrou com a descolonização, tornou este acontecimento um dos mais complexos, mas também um dos mais trágicos eventos da contemporaneidade portuguesa.

A experiência colectiva e individual da participação dos portugueses neste evento teve, e continua a ter, o seu registo de expressão narrativa e crítica, e o seu registo estético nas mais variadas formas de arte – da pintura e escultura à narrativa, do cinema ao teatro, da música à poesia. Foi sem dúvida na literatura que este registo de reelaboração colectiva e individual do evento se tornou mais marcante, dando origem a cerca de uma centena de romances e a milhares de poemas. Esta poesia, de autores directa ou indirectamente envolvidos na guerra, e elaborada, ou no momento da vivência do evento bélico, ou em seguida, enquanto espaço de memória e de elaboração pós-traumática, foi objecto de estudo do projecto Poesia da Guerra Colonial: "ontologia" de um eu estilhaçado, que decorreu nos últimos anos no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, sob orientaçao científica dos dois organizadores da presente antologia e o financiamento da Fundação da Ciência e Tecnologia. A Antologia da Memória Poética da Guerra Colonial é o resultado visível deste projecto, reunindo mais de seis centenas de poemas de cento e oitenta poetas.
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Published on June 17, 2011 20:14

June 8, 2011

Testemunho de Vida - Agência Directa

A Agência Directa é um novo órgão de comunicação social, fundada no início de 2011 pelo Grupo Influência Directa (uma associação sem fins lucrativos que implementa e apoia projectos sociais, empreendedorismo e promoção do trabalho, contribuindo para a construção de uma sociedade mais consciente e de excelência).

Pediram-me-me para contar aos seus leitores e utilizadores a minha experiência de vida, cujo texto quem estiver interessado pode ver Aqui
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Published on June 08, 2011 03:31

June 1, 2011

A grosseria de Vasco Graça Moura

A propósito de um artigo de Vasco Graça Moura, publicado com o título "Um não-país", no Diário de Notícias, do dia 18 de Maio, que me indignou e me entristeceu.

Os discursos e debates das figuras políticas têm-se pautado pela má educação e grosseria, por vezes boçal, com que se insultam. Outras figuras públicas fazem o mesmo, em vez de recorrerem ao argumento enquanto exercício de inteligência e manifestação de um espírito elevado e com princípios.

Assisto arrepiada à degradação de certas elites, que cultivam as aparências, mas quando abrem a boca, mostram a vulgaridade de seres primitivos, movidos pelos instintos da cobiça e da agressividade. As figuras no poleiro do poder e as diferentes coortes que os rodeiam ou gravitam em esferas próximas, na esperança de se empoleirarem também, não servem de exemplo ao povo ou a juventude que criticam.

De Vasco Graça Moura esperava outra atitude. Aprecio a sua poesia e tenho aplaudido as suas intervenções no domínio da Cultura, como a defesa do património ou a rejeição do Acordo Ortográfico. Porém, é inaceitável e indigna-me profundamente que o escritor escreva artigos de opinião de foro político e use um jornal como uma tribuna pública para insultar grosseiramente os cidadãos que votaram ou vão votar PS (em oposição ao PSD).

Não votei PS nas anteriores eleições, portanto nem enfiei a carapuça, mas repugna-me a atitude do autor e também o facto de que, num jornal de referência como o DN, se use o insulto soez que é próprio dos blogues anónimos. Assim, para Vasco Graça Moura, os cidadãos portugueses são (e passo a citá-lo): "lorpas", "lorpas contumazes", "canalha analfabeta e irresponsável do costume", "a piolheira mais ignóbil", "a repugnante bronquidão previsível no eleitorado".

Talvez este artigo seja uma boa recomendação para Vasco Graça Moura conseguir a pasta de Ministro da Educação ou da Cultura, quando o PSD for governo (e se, afinal, não extinguir a última, como prometeu). A mim, incomodou-me pela baixeza do ataque e quase me decidiu a votar PS nas próximas eleições.

Somos realmente um Não País, nisto Vasco Graça Moura tem razão, quando os que deviam servir de farol e ser exemplo de elegância intelectual, preferem espojar-se na lama.

Deana Barroqueiro
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Published on June 01, 2011 12:10

May 17, 2011

O Romance da Bíblia - Livro do Mês na Editora Ésquilo

Caríssimos Leitores:

Posso já anunciar-vos a simpática campanha do Editor Paulo Loução, para contrariar a crise (cuja primeira vítima são sempre os livros):
O Romance da Bíblia é o Livro do Mês (ou de Mês e Meio, porque se vai manter até finais de Junho), com 50% de desconto.

O livro pode ser adquirido via on-line no
Sítio da Editora ou na sua sede:

Ésquilo - Edições e Multimédia, lda.
Av. António Augusto Aguiar, 17 - 4º E
1050 - 012 Lisboa - Portugal


Para saber mais sobre esta obra, ver imagens das heroínas, ler excertos e outros textos relacionados clique neste link do blogue O Romance da Bíblia
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Published on May 17, 2011 12:04

À Conversa com os Leitores na Feira do Livro de Lisboa



Domingo, 15 de Maio, foi o último dia da Feira do Livro de Lisboa, com uma tarde e noite agradabilíssimas em companhia do não menos simpatiquíssimo professor e escritor António Balcão Vicente que assinava o seu romance "O Templário d'El-Rei" e se prestou a tirar estas fotos a alguns dos meus leitores.

Leitores fiéis que me conheciam de outras Feiras e eventos, que são já amigos e me lêem a alma porque ao escrever, escrevo-me e revelo-me na íntegra, sem disfarces; outros novos, desejosos de me conhecerem pelos mais diversos motivos, mas sempre com a escrita e a leitura como o laço que nos une (ou desunirá, se não gostarem do que leram).

Lamento não ter imagens de todos os que estiveram a conversar comigo, mas não queria abusar da gentileza do meu companheiro escritor. Deixo aqui alguns testemunhos desses momentos de convívio que, embora breves, me compensam dos meses de clausura que passo em casa a escrever. Não ponho os nomes, porque foram muitos e não quero deixar de fora nenhum dos que me deram o seu carinho.

Obrigada, Amigos e Amigas, por gostarem da minha escrita e me terem acompanhado neste dia. Fico à espera dos vossos e-mails, para continuar o contacto e o convívio. Bem hajam!
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Published on May 17, 2011 04:37

May 16, 2011

1511-2011: V Centenário de Paço dos Negros

Na minha actividade de escritora de romance histórico de temática portuguesa, procuro dar visibilidade não só aos indivíduos que se imortalizaram pelas suas obras, mas também aos monumentos, terras e regiões onde tiveram lugar os factos narrados. Assim, tenho levado os meus leitores a viajar no tempo ao encontro desses lugares que fizeram História na época dos Descobrimentos e são parte integrante do nosso Passado Colectivo.

Em alguns lugares, a inclemência da passagem do Tempo, mas, sobretudo a indiferença dos seus governantes e também dos próprios habitantes – muitos dos meus heróis de há cinco séculos já se queixavam desse desprezo – permitiram a degradação, ruína e muitas vezes a destruição de património de grande valor.

Contudo, a preservação e recuperação desse património já acontece algumas vezes por iniciativa de autarcas inteligentes e cultos que reconhecem a mais-valia desses monumentos, de vestígios que apontam para construções antiquíssimas ou mesmo de memórias sem corpo mas com alma. E esse milagre faz-se também por iniciativa dos próprios filhos da terra, que querem preservar a todo o custo a sua identidade e as suas raízes.

Um exemplo flagrante, que tive o privilégio de ver de perto e me apaixonou, tem sido o dos elementos que recentemente formaram a Academia da Ribeira de Muge , com a sua luta de muitos anos pela recuperação do Paço da Ribeira de Muge, vulgo Paço dos Negros, no lugar do mesmo nome, no Concelho de Almeirim. Com esporádicos apoios da Câmara de Almeirim, por iniciativa popular, um grupo de jovens dirigido por Aquilino Fidalgo, descendente de uma das famílias mais antigas da terra, libertaram o espaço de toneladas de entulho e lixo e começaram expor os vestígios e as partes do Paço que ainda estavam de pé mas se encontravam em terrível estado de degradação – além do moinho, os pavilhões da montaria, a capela, parte das salas com lareira e também as escavações para o tanque dos peixes. Pretendiam os elementos da Academia conseguir a classificação do monumento pelo IPPAR, através da Câmara Municipal, até hoje sem sucesso.



O Paço dos Negros foi construído por El-Rei D. Manuel, em 1511 (cem anos depois do Paço Real de Almeirim), para servir de apoio às caçadas nas ricas coutadas da Ribeira de Muge, durante a estadia da nobreza na "Sintra de Inverno", que ali vinha desenfadar-se; o paço era composto por um pátio central, uma capela e residência real, cemitério, azenha, residência para servos, pomar, horta e pasto para gado.

Este lugar de Paço dos Negros, que eu nunca vira, serviu-me de palco para o início da intriga do meu romance D. Sebastião e o Vidente, por ser o local preferido do Desejado, que fugia do Palácio de Almeirim para ali se refugiar e se dedicar ao seu desenfadamento preferido: a montaria. É nas suas matas que, antes de completar doze anos, D. Sebastião mata o seu primeiro javali.

Entre os actuais paladinos de Paço dos Negros, Aquilino Fidalgo e Manuel Evangelista leram o meu romance e ficaram muito surpreendidos e agradados pela referência e visibilidade dada ao objecto da sua luta; em 2007, convidaram-me para um evento a que chamaram "D. Sebastião no Paço", fazendo-me uma fantástica homenagem e proporcionando-me um dos dias mais felizes da minha vida, sendo então nomeada "Filha adoptiva de Paço dos Negros", um título que me honra muito e ainda me comove.

No passado dia 14 de Maio teve lugar a comemoração do 500º Aniversário da fundação do Paço, que se iniciou pela visita ao recinto, seguida do lançamento do livro Paço dos Negros da Ribeira de Muge – A Tacubis Romana, de Manuel Evangelista, que eu tive o privilégio de apresentar e que é um exaustivo trabalho de investigação sobre a história do lugar; um estudo que abre muitas pistas para outras investigações e monografias académicas de várias disciplinas. Foi ainda apresentada uma reconstituição digital da planta do Paço, tal como seria no século XVI, da autoria de Gustavo Pacheco Pimentel.

A Academia da Ribeira de Muge apresentou inúmeras actividades culturais que testemunham a riqueza do seu património: danças e cantares antigos, representação teatral das lendas do Rei Preto, venda e degustação da sua gastronomia.
Em representação do Senhor D. Duarte, Duque de Bragança, presidiu às comemorações o sr. Marquês de Rio Maior.
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Published on May 16, 2011 17:08

May 13, 2011

À Conversa com os Leitores na Feira do Livro de Lisboa

Queridos Amigos Leitores

Domingo, dia 15 e último dia da Feira do Livro, estarei à vossa espera, para conversar convosco, das 16 às 19 h (ou até mais tarde se tiver visitantes), no Parque Eduardo VII, Pavilhão B50 (à esquerda de quem sobe), da Editora Ésquilo.

Espero que haja sol, desta vez, embora tenha de levar repelente contra os insectos (ou serei sugada viva, como em romance de vampiros!). Prometo partilhar o dito elixir com os meus leitores que sejam igualmente doces ao palato dos mosquitos e afins.

"O Espião de D. João II" e "O Romance da Bíblia" são Livros do Dia.
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Published on May 13, 2011 17:21