Diogo Simões's Blog, page 23

Uivares - 1º Capítulo

Olá a todos,
Quero partilhar com vocês aquilo em que tenho estado a trabalhar desde o início do ano passado.
Espero que gostem e, tenham em nota, que não é a versão final.
Fiquem então com um excerto do 1º Capítulo de Uivares:

1ª PARTE – UIVARES
"A noite esperou-te
Com toda sua frieza”

1º Capítulo

À medida que tirava o cabelo caído da frente dos olhos, limpava também o suor que me escorria pela cara. Pestanejando mais uma vez, avaliei novamente o campo de jogo. Sabia que tinha que tomar uma decisão. Uma decisão que poderia mudar o rumo do jogo. Uma decisão que nos poderia levar à vitória.
Vendo toda a cena em camara lenta, sabia que a decisão teria de ser tomada agora. Teria que ser sem arrependimentos e deixar todos os meus colegas de equipa confortáveis.
Olhando para o marcador na lateral do campo, senti o meu coração acelerar, sendo puxado para a realidade do jogo pela adrenalina presente no meu corpo.
As hipóteses eram apenas duas: ou passaria para Oliver, à minha direita, ou a Thomas, mais adiante. O problema era que os defesas dos Skylenders estavam bastante próximos de Thomas para lhe caírem em cima mal tivesse na sua posse a bola.
- OLIVER! – Berrei, fazendo-me ouvir no meio de toda a euforia das claques e adeptos. Não os podia desapontar!
Arremessei a bola naquela que me pareceu ser a melhor das hipóteses. A bola oval rasgou o ar, indo parar direitinha às suas mãos. O que aconteceu depois foi algo bastante rápido: Oliver correu o mais rápido que conseguiu para conseguir esmurrar a bola na área de validação, atrás da linha dos postes. Corri em seu auxílio bem como todos os outros membros da equipa. Eramos neste momento dez jogadores a ir de encontro aos titãs da equipa adversária. Vi Thomas piscar-me o olho com a escolha acertada que fizera segundos antes.
Continuei a correr, sentindo todos os músculos do meu corpo a trabalharem em conjunto para conseguir obter o objetivo pretendido: ganhar mais uma taça para os Wolfbang e honrar, mais uma vez, aquela escola.
Vi Oliver mais à frente, já perto da linha de postes, a enfrentar um jogador da equipa adversária. Arremessou-o com o ombro fazendo-os desviar de direção.
- OLIVER! MUDA DE SENTIDO! – Thomas deu a indicação.
Thomas e James seguiam a meu lado. Corríamos os três como loucos para eliminar os defesas da outra equipa.
Começando também eu a mudar de direção, encarei-me com outro defesa. Tentei pensar rápido enquanto corria na sua direção. Levá-lo pela cintura será o melhor. Comecei a inclinar-me ligeiramente, atingindo com o capacete o abdómen do jogador inimigo.
- VÁMOS LÁ, PESSOAL! FALTAM DOIS MINUTOS, PORRA!!! – A minha voz saia forte embora já cansada pelo esforço. Era um jogo como já não tínhamos em tempos.
Observando pelo canto do olho, tentando fazer um prognóstico mental do desempenho em campo, vi James chocar com outro jogador sendo que foi James que ficou caído no chão, enquanto o seu oponente avançava a passos largos na minha direção e na de Thomas.
- THOMAS! TEMOS COMPANHIA. – Fiz-lhe um aceno de cabeça rápido, que rapidamente foi percebido.
Faríamos o que mais gostávamos: de lhes dar forte e feio.
Continuamos a correr, vendo Oliver já com uma grande margem de distância dos opositores que seguiam várias vertentes.
No meio do pensamento, fui atingindo pelo jogador que tinha atirado James ao chão.
- AHHH! – Tinha-me acertado no meio das pernas. Não havia equipamento no mundo que protegesse completamente “o ponto fraco” em campos de batalhas. Especialmente um campo de rugby.
Aterrei de cú no chão, fazendo força para me levantar. Uma força que sentia em todos os meus ossos pelo impacto que acabara de sofrer.
A minha cabeça estava perdida algures do lugar de onde tinha estado anteriormente. Conseguindo recuperar o equilíbrio do meu corpo, levantei-me. Corri rapidamente pelo jogador corpulento, que se dava pelo apelido de Smith, e saltei para cima dele. Thomas não faltou ao compromisso, atingindo-lhe na região abdominal.
O leãozinho tinha sido abatido.
- HEY! – Thomas recuperou a minha atenção. – O OLIVER PRECISA DE NÓS!
Corremos novamente como lobos atrás das suas presas.
A acompanhar-nos, seguiam mais quatro elementos da nossa equipa. Uns do lado e outros do outro.
- A ELES!!!! – Gesticulou Luke.

#Citação 4

Naquele momento, ali, com ela, todos os meus medos desapareceram. Sabia que ela já não me iria criticar com o que pudesse eventualmente fazer de errado. Sentia-me seguro. Ela dava-me essa segurança que eu procurara durante anos.

- O Bater do Coração
Já nas livrarias

#Citação 3

- Estarei sempre contigo. – Aproximou-se. – Aqui. – Deixou a sua mão quente sobre o meu peito à medida que fechava os olhos. Beijou-me novamente a testa e desapareceu.

- O Bater do Coração
Já nas livrarias

#Citação 2

Eu amo-te, e quero passar o resto da minha vida contigo ou até onde o nosso amor nos levar.

- O Bater do Coração
Já nas livrarias

#Citação

- Adeus! Salva-te e vive por mim. Promete! Promete que terás uma vida diferente e que deixes aparecer essa Laura pela qual eu me apaixonei! Promete…

- O Bater do Coração
Já nas livrarias

O Bater do Coração – JÁ NAS LIVRARIAS

Podem também comprar junto de mim que ainda tenho alguns exemplares ou no:

- Site da Chiado Editora: http://goo.gl/1tSedf

- Site da Boa Leitura: http://goo.gl/nDcWpP

- Site da Wook: http://goo.gl/Qw8xis

- Site da Bertrand: http://goo.gl/S3aFeg

Claro que, sem esquecer, que também estão disponíveis nas livrarias :)

Calendário| Informações

Ora vamos cá dizer-vos onde estarei:

3 de Junho – O Bater do Coração fica disponível para venda na livraria Boa Leitura

6 de Junho – O Bater do Coração fica disponível na Feira do Livro em Lisboa, no stand da Chiado Editora

7 de Junho – Lançamento do livro O Bater do Coração no Hotel Eurosol Leiria, pelas 17H

10 de Junho – Sessão de Autógrafos na Feira do Livro de Leiria, às 16H, no stand da livraria Boa Leitura

9 – 14 de Junho – O livro entra em venda no site da Chiado Editora (Previsão. Depois dou mais informações relativamente a livrarias e disponibilidade na Wook)

A Caixa da Vida

É geralmente durante a noite… quando o frio me invade e tenho apenas como companhia a escuridão… uma escuridão que, aliada ao meu ser, me faz fechar os olhos e abrir a caixa das recordações.

Abro a caixa, abro a caixa com bastante cuidado. Não porque tenho medo, mas sim porque o que guardo lá dentro é o mais precioso que tenho desta vida. É aquilo que me dá calor nas noites frias de inverno, é aquilo que alimenta a minha alegria, é aquilo que faz as minhas alegrias! É aquilo que procuro quando estou sozinho… sozinho na companhia da minha sombra, aquela que me conhece verdadeiramente e que, sem nada pedir, partilhou comigo todos aqueles momentos.

Ainda tenho os olhos fechados, mas a escuridão já não me assusta como dantes… o frio já não é mais um inimigo. Pego mentalmente na minha caixa, e, suavemente…, cuidadosamente… como se de pedras preciosas se tratassem, pego em cada fotografia e reproduzo mentalmente aquele momento na maior e melhor sala de cinema que alguém alguma vez poderá ter. Sorrio com a memória… sorrio para a felicidade de outrora… Sorrio para aquilo que me diz… Sorrio pela saudade que me traz.

Aperto mais os olhos… quero manter aqueles frames comigo… não os quero deixar ir… Sinto uma lágrima sair da tela de exibição… Uma lágrima que não me entristece… é uma lágrima que me traz o calor que vem enfrentar o frio que sentia outrora. Uma lágrima que traduz aquilo que eu sinto quando nenhuma outra palavra o pode fazer.

Carrego no botão de pausa… nunca no do stop… e, gentilmente, guardo a memória na minha caixa secreta… Aquela que fica escondida de todos… aquela que é a mais bem protegida de tudo o que tenho.

Fecho a caixa… e guardo-a bem no centro da minha mente… Fica lá porque sei que lá vou voltar… vou voltar lá todos os dias para sorrir, para me reconfortar e ver que o tempo passa por nós… escorrega por entre os dedos e, a única coisa que desejamos é poder congelar as fotografias desses mesmos tempos para mais tarde recordar…

Agora abro os olhos… abro os olhos para a escuridão. Ela já não me assusta…Hoje já não! A lágrima que escorreu está seca, e, o único vestígio que tenho dela é o calor que me deixou, ao percorrer o seu caminho… em frente… tal como a vida o deve fazer… sempre em frente, e sem nunca esquecer aquela caixinha que mantemos para nós…

Sem nunca esquecer A Caixa da Vida…