Francisco Seixas da Costa's Blog

October 18, 2025

Ukraine under pressure

Recent signals indicated that President Trump had resolved to ramp up military equipment sales to European nations, intended for transfer to Ukraine, a move aimed at benefiting the U.S. arms industry and bolstering American economic interests. Yet, he abruptly reversed course on supplying long-range missiles following a conversation with President Putin, who reportedly convinced him that such weaponry in Ukrainian hands posed an existential risk to Russia.
Despite his reputation for unpredictability, Trump recognizes the peril of empowering a desperate Ukraine to escalate the conflict to a level that would compel direct U.S. involvement—whether conventional or otherwise. In this respect, his caution echoes that of President Biden, who has historically intervened to prevent any escalation—deliberate or accidental—that could force NATO into open war. Experience within the Pentagon underpins such strategic restraint.
Meanwhile, President Zelensky is reportedly lobbying European allies with urgency, fearful of the concessions he may be pressured to accept in prospective negotiations in Budapest. It appears Trump has made clear that territorial losses will be a feature of any final settlement.
Europe today lacks the leverage to block Trump’s strategic agenda but will likely push back. Emboldened by successes in Egypt, Trump seeks to close the Ukraine dossier swiftly, requiring Russia to make formal concessions to seal the deal. What Russia might concede remains an open question.
Finally, Trump is eager to resolve both the Gaza and Ukraine conflicts ahead of his anticipated summit with President Xi Jinping, as his overarching geopolitical focus turns toward countering China’s rise. Clearing these fronts will afford Washington greater freedom to address its principal strategic competitor.
 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on October 18, 2025 19:35

"Cumué", Néné?!


Saiu da cena da vida, ao que acabo de saber pelo Armindo Quinteira, o Nené (Carlos Correia, de seu nome). Na imagem, numa festa do liceu, está entre o Quinteira e o Olívio, com o Coroliano a surgir por detrás.

O Néné era irmão gémeo do Jujú, filhos do senhor Carlos da sapataria. Entrámos juntos para as aulas do professor Pena, na Escola do Trem, nos idos de 1954. Juntos seguimos para o liceu. Anos mais tarde, a geografia das vidas separou-nos o quotidiano. O Jujú foi para o Porto. O Néné ficou em Vila Real, onde tinha a sapataria com o nome do pai. A amizade com ambos os irmãos manteve-se, para sempre.

Por muitos anos, quando regressava a Vila Real, mantive um agradável ritual de visita a lojas comerciais onde tinha pessoas amigas, alguns de infância e juventude, outros da idade adulta: o Tito Gomes da dita Gomes, o Neves da Pompeia, o João Nascimento oculista, o Bragança dos jornais, o Jorge Santoalha dos tecidos, o Euclides da funerária, o Eduardo dos eletrodomésticos, o Pires fotógrafo, o Salgueiro da relojoaria, o Alonso da Real, o Néné da sapataria, o Eduardo da papelaria, o Carvalho da drogaria, o Alfredo Branco da livraria, o Zé Macário fotógrafo, o Dr. Otlílio da Setentrião, a Rosa das castanhas, o Joaquim Mesquita da farmácia, o Zé Araújo das antiguidades, o Fernando Choco dos jornais, o Albertino Ribeiro das ferragens e alguns outros. Esse ritual foi variando e esmorecendo, quase sempre ao ritmo da desaparição das pessoas.

Na sapataria do Néné, ao pé da capela nova, eu entrava e atirava-lhe a mesma pergunta, uma expressão local que não era para ter nenhuma resposta: " 'Comué', Néné?!" Lá vinha um abraço, uns minutos breves de conversa - até ao outro Natal ou à Páscoa ou ao verão. Um dia, dei conta que as montras da sapataria do Nené passaram a estar fechadas com jornais. Perguntei por ele. Andaria doente.

E agora: "Comué, Néné?!"
 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on October 18, 2025 16:03

Quando um palerma ...


... lhe vier falar na "invasão" islâmica de Portugal e na teoria da "grande substituição", se acaso ele souber ler, o que duvido, mostre-lhe esta estatística onde se constata, na sétima posição, a "ameaça" da comunidade muçulmana mais representativa entre os imigrantes  - a comunidade do Bangladesh. 

Na minha terra, a quem vinha com argumentos deste calibre costumávamos dizer: "quem te atasse um arado!"

 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on October 18, 2025 15:10

Se calhar é verdade...

Ouvido ontem: "Portugal é um paraíso para os estrangeiros ricos e um inferno para os portugueses pobres".

 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on October 18, 2025 10:37

Da série "Antes é que era bom!"


Lembrar quando os portugueses "viviam habitualmente" na paz do senhor de Santa Comba.

 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on October 18, 2025 07:37

É tão simples!

A questão é de segurança coletiva e de transparência cidadã: quem circular no espaço público, salvo em tempos de emergência sanitária, tem de poder ser identificado através da visualização da sua cara. Levar a questão para o terreno religioso é uma cretinice.

 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on October 18, 2025 07:11

October 17, 2025

A Ucrânia em sete pontos

1. Sinais recentes pareciam indicar que Trump tinha decidido incrementar a venda de material militar aos europeus, destinado a ser cedido à Ucrânia, porque isso favorecia as indústrias de armamento dos EUA, sendo assim um excelente negócio.
2. Subitamente, Trump recuou no fornecimento de mísseis de longo alcance, depois de nova conversa com Putin. Porquê? Uma das razões pode ter sido o facto do líder russo o ter convencido de que o uso potencial desse armamento pela Ucrânia colocava, de facto, um risco existencial para a Rússia.
3.  Por muito que se considere Trump um líder errático, ele percebe que não pode colocar nas mãos de uma Ucrânia desesperada a hipótese de forçar a subida da guerra para um patamar de confronto em que a resposta seguinte envolveria necessariamente os EUA - a nível convencional ou superior.
4. Curiosamente, Trump reage um pouco como Joe Biden. Este sempre que temeu que uma escalada (deliberada ou por "falsa bandeira") pudesse vir a mudar a qualidade da guerra, obrigando a uma resposta NATO, i.e., dos EUA, travou quaisquer aventuras. O Pentágono tem uma imensa experiência. 
5. Por estas horas, Zelensky deve estar a fazer grande lóbi junto dos seus amigos europeus, porque está em pânico em face daquilo que pode ter de vir a aceitar em Budapeste. Trump já lhe deve ter dito que, no "end game", estará a perda de território. Ponto.
6. A Europa não tem hoje a menor capacidade para travar os desígnios de Trump, mas aposto que vai ainda tentar reagir. Mas Trump, adubado pelo êxito no Egito, quer fechar já o ciclo com um acordo para a Ucrânia. Para tal, a Rússia vai ter de "perder" algo formal, para compôr o ramalhete. O que será?
7. Trump está desejoso de fechar os dossiês Gaza e Ucrânia, antes do encontro com Xi. Porque a sua preocupação maior se chama China. Quer assim ter, rapidamente, as mãos livres nos restantes cenários geopolíticos para se dedicar a essa ameaça competitiva à liderança americana.
 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on October 17, 2025 19:54

Raízes


Há muitos anos, constou nos cafés de Lisboa - onde as coisas constavam ... - que um livro de História tinha sido recolhido das livrarias pela Pide. 
Imagino que alguns, ao saberem disso, devam ter especulado sobre se não seria uma apologia disfarçada da Revolução Russa ou uma obra glorificadora da nossa Primeira República, tema de desestimação que era diabolizado e considerado quase herético pelo salazarismo. No limite, poderia também tratar-se de uma defesa do liberalismo vitorioso contra o Antigo Regime miguelista, matéria que o ensino oficial teimava em não abordar, por ser uma derrota histórica que o reacionarismo no poder não digeria com facilidade.
Foi-se a ver: era uma obra sobre a Idade Média! Sobre a Idade Média?! O autor era o historiador António Borges Coelho e o livro, aliás não muito volumoso, chamava-se "Raízes da Expansão Portuguesa". Sou feliz proprietário dessa rara 1ª edição.
O "crime" era defender uma leitura das motivações da aventura ultramarina portuguesa que contrariava a hiperbólica narrativa que a ditadura desejava que fosse a visão única sobre esses factos. Ao sublinhar motivações economicistas a sobreporem-se ao anseio da expansão da fé e da cristandade, a obra de Borges Coelho tocava num tabu sensivel.
Proibir um livro de história medieval era um ato censório de indizível estupidez. Mas a ditatura era isso mesmo: estúpida e mesquinha. 
No dia de hoje, com 97 anos, morreu António Borges Coelho. Tive o gosto de com ele falar apenas duas ou três vezes. Uma delas foi numa bela almoçarada numa praia alentejana, organizada por Carlos Eurico da Costa, em meados dos anos 70 do século passado, onde recordo Cardoso Pires entre os convivas. Borges Coelho e eu evocámos então das nossas mútuas origens transmontanas. Ele era de Murça.
Para todos nós, fica a sua obra. Para ele, acabou por ficar a justiça que a universidade portuguesa acabou por fazer à sua qualidade académica e intelectual.
 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on October 17, 2025 11:01

October 16, 2025

Gozar ?

Trump vai encontrar Putin na terra de Orbán. Na véspera, o seu alucinado ministro da tropa tinha dado sinais aos atarantados colegas da NATO de que Washington ia endurecer a posição face à Rússia. Até parece que Trump anda a gozar com a malta.

 •  0 comments  •  flag
Share on Twitter
Published on October 16, 2025 11:48

Francisco Seixas da Costa's Blog

Francisco Seixas da Costa
Francisco Seixas da Costa isn't a Goodreads Author (yet), but they do have a blog, so here are some recent posts imported from their feed.
Follow Francisco Seixas da Costa's blog with rss.