Augusto dos Anjos
Born
in Cruz do Espírito Santo, Paraíba, Brazil
April 20, 1884
Died
November 12, 1914
Genre
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Eu e Outras Poesias
—
published
1912
—
37 editions
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|
Eu
—
published
1912
—
15 editions
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Augusto Dos Anjos. Obra Completa
—
published
2004
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|
Toda Poesia de Augusto dos Anjos
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|
Gótico Americano
by
—
published
2022
—
2 editions
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Góticos II: Lúgubres mistérios – Contos clássicos
by
—
published
2013
—
2 editions
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Antologia Poética
by
—
published
1997
—
2 editions
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|
Melhores Poemas de Augusto dos Anjos
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|
Todos os sonetos
—
published
1997
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|
Obra Poética Completa: "Eu e outras poesias" e a obra imatura (Edição Definitiva)
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“Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!”
― Eu e Outras Poesias
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!”
― Eu e Outras Poesias
“Uma tarde de abril suave e pura
Visitava eu somente ao derradeiro
Lar; tinha ido ver a sepultura
De um ente caro, amigo verdadeiro.
Lá encontrei um pálido coveiro
Com a cabeça para o chão pendida;
Eu senti a minh'alma entristecida
E interroguei-o: "Eterno companheiro
Da morte, quem matou-te o coração?"
Ele apontou para uma cruz no chão,
Ali jazia o seu amor primeiro!
Depois, tomando a enxada, gravemente,
Balbuciou, sorrindo tristemente:
- "Ai, foi por isso que me fiz coveiro!”
― Eu e Outras Poesias
Visitava eu somente ao derradeiro
Lar; tinha ido ver a sepultura
De um ente caro, amigo verdadeiro.
Lá encontrei um pálido coveiro
Com a cabeça para o chão pendida;
Eu senti a minh'alma entristecida
E interroguei-o: "Eterno companheiro
Da morte, quem matou-te o coração?"
Ele apontou para uma cruz no chão,
Ali jazia o seu amor primeiro!
Depois, tomando a enxada, gravemente,
Balbuciou, sorrindo tristemente:
- "Ai, foi por isso que me fiz coveiro!”
― Eu e Outras Poesias
“O amor tem favos e tem caldos quentes
E ao mesmo tempo que faz bem, faz mal;
O coração do Poeta é um hospital
Onde morreram todos os doentes.”
― Eu e Outras Poesias
E ao mesmo tempo que faz bem, faz mal;
O coração do Poeta é um hospital
Onde morreram todos os doentes.”
― Eu e Outras Poesias
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