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A partir daqui sinto que a autora traz reflexões interessantes sobre como a colonialidade engendra em sua família e na Somália. Além de apresentar que sua mãe não é preta. Distinção interessante.

Não posso dizer que não é uma escrita que me irrita, porque irrita. As vezes da a sensação que a autora fica presa nos dramas próprios e esquece que tem alguém para quem ela fala, o leitor.

Mas ainda assim, tem trechos maravilhosos em que é possível dimensionar o peso do colonialismo italiano e os impactos do idioma nisso, especialmente nos anos 50 na segunda onda de colonização europeia no continente.

Não sei se precisavam de tantas páginas para contar sobre a relação da mãe com a escrita. Me parece que o livro perde o fôlego e começa a se arrastar. Ainda estou na metade.

Nessa altura, sinto uma irritação com a obsessão em fazer a sobrinha aprender italiano, conforme passam as gerações o fio que liga a família se afrouxa. Tanto avó, quanto tia parecem obcecadas em trazer para mais perto essa sobrinha invisível.

Ao mesmo tempo que é uma bonita declaração à apropriação do colonizado pela língua, cultura e território do colonizador.

Anotando as mil formas que a autora narra como o djiro se abate na família dela.
Ainda tentando desvendar o título, que Cassandra grega é essa.

“É preciso insistir aí, nessa sabedoria dançarina. É preciso aprender a girar cada vez mais rápido, como os dervixes, para poder se juntar ao Todo que vibra é que respira. (…) Quero morrer dançando, assim como escrevo.”