Status Updates From Lie With Me

"se pergunta se não teria sido melhor que o tivessem deixado morrer nos destroços, mas que se cura, porque é sempre assim, você se cura, em algum momento."

"mas já dominado pela dor que desperta, a lembrança do trauma, enfim, o convalescente desorientado, sem rumo, sem energia, sem vontade, que às vezes se pergunta se não teria sido melhor que o tivessem deixado morrer nos destroços, mas que se cura, porque é sempre assim, você se cura, em algum momento."

"Para mim, quando enfim fizer um balanço do rompimento, será mágoa, um sofrimento muito puro. Sempre pensei que seria eu quem mais so-freria. Cheguei até a considerar que seria o único a sofrer. Às vezes nos falta discernimento." Los Hermanos "ela é mais sentimental que eu, então fica bem se eu sofro um pouco mais"

"Quando penso nisso agora, fico chocado com minha atitude. Como pude, eu, tão racional, tão pragmático, deixar de lado a evidência, a certeza do fim?"

"Quando penso nisso agora, fico chocado com minha atitude. Como pude, eu, tão racional, tão pragmático, deixar de lado a evidência, a certeza do fim? Presumo que não queria ser dominado em antecipação pela dor. Farei a mesma coisa com as mortes antevistas, previsíveis, me comportarei como se a vida fosse continuar"

"E, quando sentimos essa dor uma vez, temos medo de voltar a senti-la depois. Evitamos o amor para evitar o sofrimento"

"Descubro (pobre idiota) a dor do sentimento de amor. ... (E, quando sentimos essa dor uma vez, temos medo de voltar a senti-la depois. Evitamos o amor para evitar o sofrimento. Durante anos, esse princípio servirá como meu sacramento. Foram muitos anos perdidos.)"

"Nunca vai haver uma troca de olhares ou um aperto de mãos, não mesmo. E imagino que, de qualquer forma, ele nunca falou com eles a meu respeito, nem mesmo sem querer (ele não é do tipo que comete deslizes). No entanto, gos-taría de ver como eles eram." Essa retirada de possibilidade do ordinário me machuca muito

"Descubro a dor da espera. Porque existe essa recusa em admitir a derrota, em acreditar que não há futuro, que não vai acontecer de novo."

"Não vou mais gostar de parques de diversão. E, na minha mente, ficará guardado para sempre o terror do abandono. Quando Thomas desaparece além do ginásio, volto a ter sete anos."

"Nos anos seguintes, escreverei muitas vezes sobre o imponderável, o imprevisível que determina os acontecimentos. Também escreverei acerca de encontros que mudam as coisas, as conjunções inesperadas que modificam o curso de uma vida, os cruza-mentos involuntários que desviam trajetórias. Tudo começa aí, no inverno dos meus dezes- sete anos."

"Ele também gosta da solidão, é óbvio. Fuma sozinho. Fala pouco. Acima de tudo, tem aquela atitude, o corpo encostado na parede, o olhar voltado para o sol ou para o chão, para os tênis, esse jeito de estar ausente do mundo. Acho que o amo por causa dessa solidão. E acho que foi precisamente isso o que me atraiu nele."

"O sentimento de amor m transporta, m faz feliz.Mas também m queima, m é doloroso, como são dolorosos todos os amores impossíveis.Tenho total consciência dessa impossibilidade.É possível lidar com dificuldade.É possível s esforçar, recorrer a artimanhas, tentar seduzir, embelezar-se na esperança de derrotá-la.Mas a impossibilidade, por sua natureza, carrega consigo nossa derrota.Esse garoto, obviamente, não é p mim."