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Leituras Conjuntas
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4ª Leitura Conjunta - 3ª Fase
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Em espécie de opinião final sobre o livro, posso dizer que gostei muito do mesmo, é um livro delicado, sério, com uma escrita sensível. Ao longo do livro, acompanhamos paralelamente as histórias e vidas de Alice e Mattia que se conhecem ainda adolescentes e que vão crescendo, tomando caminhos separados mas que continuam amigos. Iniciam a sua vida profissional e pessoal com outras pessoas mas nunca se esquecem, nem um do outro, nem dos erros que cometeram e que os assombram. Alice torna-se fotógrafa e casa com Fabio e Mattia segue a sua paixão pela matemática e pelos números primos. O final para mim não foi perfeito, a minha veia romântica queria um algo mais feliz mas tendo em conta o resto do livro, penso que foi um final adequado e que faz jus ao título.


Não posso deixar de compreender a frustração da Joana - realmente estes livros não deixam uma aura muito alegre em quem os lê. No entanto, talvez valham pela análise psicológica e para que nós possamos crescer em compreensão relativamente a fenómenos que efectivamente existem e destróiem a vida de muitos jovens - como é o caso extremo de falta de autoestima, de anorexia ou até de síndromes do tipo "síndrome de Asperguer".
Maria Carmo



É bem verdade o que diz sobre o livro ser, no fundo, sobre todos os seres humanos, naquilo que têm de imperfeito ou sofredor!
Obrigada e um beijo.

Olá Tânia!
É bem verdade o que diz sobre o livro ser, no fundo, sobre todos os seres humanos, naquilo que têm de imperfeito ou sofredor!
Obrigada e um beijo.

Devo dizer que adorei a forma como o autor decidiu concluir esta história, sem grandes “enfeites” ou chavões. O desfecho surge de uma forma suave e quase sem se dar por ele, tal como acontece na vida real. Há pessoas que nos marcam para sempre e que presentes ou ausentes, ocuparão sempre um lugar de relevo nas nossas vidas. Mas é preciso reconhecer que o tempo altera tudo e na maioria das vezes deixa de ser possível continuar uma história no ponto exacto onde a mesma foi interrompida, tentando ignorar tudo aquilo que entretanto se instalou no espaço vazio que o tempo criou. Para mim é um final que faz todo o sentido… ambas as personagens aprendem que o passado não se reconstrói , tudo o que podem fazer é aceitar aquilo que foram um para o outro, quem são naquele momento, despedirem-se dos sonhos imutáveis no tempo mas impraticáveis no presente e simplesmente, seguir em frente. :)