Parte II -> XVI - XXVI

[Joana]

Segunda parte para a discussão do Jane Eyre.

[Joana]

Terminada a segunda parte da leitura conjunta acho que não há muito mais a acrescentar ao que já disse. Nesta parte vemos principalmente o desabrochar da Jane como mulher. Também a sua bondade, amor e força são exemplares. Mas sem dúvida o que mais me fascina é a maneira como a irmã Brönte descreve tudo aquilo pelo qual a Jane passa. Apesar de ser uma linguagem bastante embelezada e própria da época em que a história foi escrita a verdade é que dá um ar ainda real à história e torna tudo ainda mais perfeito. E tenho a dizer que normalmente acho este tipo de escrita bastante aborrecido.
Vou então partir para a última parte da leitura conjunta. =)

[Carla]

Gostei muito da evolução desta segunda parte. O tom torna-se mais sombrio, mais misterioso. Os acontecimentos estranhos contrastam com a alegria artificial com a chegada de Miss Ingram e companhia. E tudo isto contribui para desenvolver a estranha relação que está a crescer entre a Jane e o Rochester.

Continua a não ser a Jane a personagem que mais me fascina, apesar de achar que "cresceu" imenso e que a forma determinada de expressar as convicções é uma grande força. Apesar disso, continuo a encontrar nas contradições e no temperamento soturno do Mr. Rochester os elementos mais interessantes. As marcas do passado, a dualidade entre a frieza do "amo" e a necessidade de contacto que evoca alguma simpatia... Há muito dele que vai sendo revelado aos poucos e acho que esta caracterização gradual contribui para o impacto do final desta parte.

Não foi propriamente uma surpresa a forma como esta parte acabou - já conhecia a história da série da BBC. Mas acho que é uma situação muito bem conseguida - como, aliás, muitas outras neste livro - e que cria muita curiosidade em continuar a ler.