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Of Human Bondage
Leituras Conjuntas
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9ª Leitura Conjunta - 1ª Fase
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Gosto também do facto de Philip ser retratado como anti-herói, tantas vezes é ciumento, infantil, egoísta, teimoso. Seres perfeitos não são tão interessantes ;)
Quanto à perda da fé do Philip, há algo que se diz mais à frente (já quando ele está em Paris) que vem ligado a isso. Se uma pessoa perder a crença em Deus, mas continua amarrado à moralidade que advém do sistema cristão, que diferença faz a Deus se acreditas ou não, já que ages da mesma forma? Fez-me lembrar da aposta de Pascal embora com conclusão inversa. (não me vou alongar mais, já que isto pertence mais à fase 2)
Como a Alexandra e o Sandro, ando curiosa para ver onde é que isto tudo vai dar :)

Até agora está a ser um livro relativamente lento, sobre a infância de um rapazinho órfão tímido e solitário, para o que contribui o facto de ter um pé deformado, que o distingue dos outros rapazes. Ao ser adoptado pelo tio vigário parece ficar a sua vida traçada para entrar também para o clero, mas não, acaba por rebelar-se contra o percurso que o tio escolheu para si e entre outras mudanças bruscas de sentimentos, acaba por questionar a própria fé. Ser inteligente, culto e pensador tem destas coisas. Agora tem o futuro todo em aberto.
Vamos lá ver o quê que se segue.

É a primeira vez que participo numa leitura conjunta neste grupo, ainda me estou a adaptar, mas quero só dizer que acho a ideia da divisão por fases muito adequada. Divindo as fases por tópicos é menos confusa a discussão, menor a probabilidade de ler spoilers, e vamos conversando à medida que a história se vai desenrolando o que é muito interessante!
Eu aprecio bastante o tipo de escrita desde autor, gosto da forma simples com que descreve o ambiente e o dia a dia, sem floreados e sem se tornar maçador. E adoro a forma como o narrador critica e praticamente troça do personagem principal, aqui e ali!
Até agora tenho sentimentos variados pelo Phillip, às vezes acho que ele é brilhante e outras parece-me um idiota chapado - o que prova ser um personagem com profundidade e muito que se lhe diga. Gosta da forma quase obsessiva dele de "esquadrinhar" as conversas e como constantemente questiona as suas próprias opiniões.
Já foi dito quase tudo sobre esta primeira fase.
Uma vez que não é o primeiro livro que leio de Somerset Maugham, confesso que até agora este livro tem sido uma surpresa, a escrita é menos fria e existe uma maior dedicação às diversas personagens da história.
Um dos pormenores mais interessantes do livro até agora, é a forma como o autor nos vai apresentando Philip, criando no leitor um misto de sentimentos em relação à mesma. Se por vezes temos pena do menino orfão que cresceu sem grande afecto e gozado por todos pela sua deformidade, por outro lado sentimos algum asco ao rapaz que rapidamente se torna arrogante e algo inconsistente nos seus sentimentos. Até agora temos um jovem facilmente influenciável, por vezes algo manipulador e que na sua demanda pelo afecto e respeito que viu recusado, torna-se por vezes obsessivo. Vamos ver o que traz a 2ª fase. ;)
Uma vez que não é o primeiro livro que leio de Somerset Maugham, confesso que até agora este livro tem sido uma surpresa, a escrita é menos fria e existe uma maior dedicação às diversas personagens da história.
Um dos pormenores mais interessantes do livro até agora, é a forma como o autor nos vai apresentando Philip, criando no leitor um misto de sentimentos em relação à mesma. Se por vezes temos pena do menino orfão que cresceu sem grande afecto e gozado por todos pela sua deformidade, por outro lado sentimos algum asco ao rapaz que rapidamente se torna arrogante e algo inconsistente nos seus sentimentos. Até agora temos um jovem facilmente influenciável, por vezes algo manipulador e que na sua demanda pelo afecto e respeito que viu recusado, torna-se por vezes obsessivo. Vamos ver o que traz a 2ª fase. ;)
Até agora estou a gostar, apesar de achar que ainda não se chegou à história propriamente dita do livro.
Gostei do debate entre ele e os seus dois amigos sobre a religião. Embora ache que ele passou de um extremo ao outro demasiado rápido, o facto de cada pessoa achar que o seu Deus é que é o certo e que só quem segue a sua religião será salvo ainda é real hoje em dia.
Além disso, o mundo de convenções da sociedade inglesa da época era realmente tão fechado que pela primeira vez ele aprende a pensar por si próprio!