“Quando pensava na morte dele, que, devo dizer, não foram assim tantas vezes, sempre pensei nos termos que usaste, que todos os fios dn«entro dele se tinham quebrado. Mas há milhares de maneiras de olhar para a coisa: talvez os fios se partam, ou talvez o nosso navio afunde, ou talvez sejamos erva, as nossas raízes interdependentes de tal forma que nunca ninguém está morto enquanto alguém estiver vivo. O que quero dizer é que não nos faltam metáforas. Mas temos de ter cuidado com a metáfora que escolhemos, porque isso é importante. Se escolhemos os fios, estamos a imaginar um mundo no qual podemos ficar irreparavelmente danificados. Se escolhemos a erva, estamos a dizer que todos estamos infinitamente interligados, que podemos usar esse sistema de raízes, não só para nos compreendermos uns aos outros ma também para nos tornarmos uns nos outros. As metáforas têm implicações, percebes o que quero dizer?”
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John Green,
Paper Towns