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“João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém”, de autoria, se não me falha a memória, de Carlos Drummond de Andrade.
Os dedos dele pressionaram minha cintura, e eu levei os meus a sua nuca, afundando-os nos fios ondulados que eu tanto gostava. E ele finalmente terminou com a agonia que me consumia. Cada fração de segundo até sua boca se chocar com a minha pareceu uma eternidade, mas o beijo finalmente aconteceu.
— Eu sou fodida e verdadeiramente apaixonada por Damian Bale e isso dói, porque estraguei tudo. Porque a minha vida está uma merda e eu sinto falta de colo, carinho e abraços e não é de qualquer um. Porque eu sinto falta dele. Saudades mesmo. E dói porque eu o ouvi dizer que gostava de mim e fugi. Dói mais, porque fugir parece a minha única opção. — Sorri triste, bêbada, ignorando a ardência nos meus olhos. — Porque Damian é bom demais para mim.
— Tenho orgulho do homem que está se tornando. — Meus olhos arderam. Eu precisava que ele soubesse. — Ver você com sua família, com a Miley, com os nossos amigos. Tenho orgulho de você, está me ouvindo? E toda vez que duvidar de si, eu vou estar do seu lado, te lembrando que você é o melhor cara do mundo. Essa guitarra é pouco, meu coração é pouco, o mundo é pouco pro que você merece. E ser sua é uma honra.