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O cara tinha sorte por eu ter uma quedinha pequenininha de nada por ele; de outra forma, eu o teria mandado pastar há anos. Mas, bem, praticamente qualquer um com olhos e que por acaso também gostasse de homens teria uma quedinha por Aiden Graves.
O que ninguém diz é que a estrada para os nossos objetivos não é uma reta; parece mais um labirinto de milho. Você para, prossegue, volta e pega uns caminhos errados ao longo do percurso, mas o importante é se lembrar de que há uma saída. Em algum lugar.
Não tinha vergonha de dizer que, mesmo se ele fosse um assassino em série, eu teria aceitado o emprego se pagasse bem.
o nome dele estava salvo no meu telefone pessoal como Miranda Priestly, de O diabo veste Prada.
Faça o que te faz feliz, Vané. Ninguém mais cuidará de você, além de você mesma.
O inferno estava prestes a congelar. Ele tinha dito “por favor”?
Você nem se importava se eu estava lá, para início de conversa.
— Case comigo.
— Você precisa de alguma coisa? — As palavras escapuliram da minha boca antes que eu pudesse me conter, droga. É claro que Aiden assentiu, ainda de pé entre a porta e o resto da minha casa. — Você.
Você é a única pessoa que eu ia querer que fizesse isso comigo.
Não está. Você não sorri mais. Não tem me chamado de grandalhão e nem está me infernizando
Ela é minha esposa.
Você dar uma joelhada nele não é o bastante para mim.
— Se alguém mexe com você, terá que se ver comigo, Van. Não quero magoar os seus sentimentos. Posso não ser bom nessa bobagem de ser amigo, mas não vou deixar alguém se safar depois de ter te machucado. Nunca. Você me entendeu?
— Você está comigo há dois anos, mas concluí que mal estou começando a entender — o grandalhão afirmou, com a expressão solene. — Entender o quê? — Que eu deveria ter medo de você.
Aiden: Você me assusta de verdade. Eu: Você não sabe quantas vezes você mal conseguiu chegar vivo ao fim do dia, só para constar.
Seu amado moletom quase preto extra-extragrande. Ele o ofereceu a mim.
— Você sempre está bem. Venha.
vi uma camisa novinha dos Three Hundreds com GRAVES escrito nas costas, sorri tanto que minhas bochechas doeram.
— Então por que eu deveria me importar com o que alguma outra pessoa pensa?
— Toque na minha esposa de novo, e eu vou quebrar cada osso da porra do seu corpo.
Foi bem ali, naquele instante, que percebi que talvez eu estivesse um pouco apaixonada pelo Aiden. Não de um jeito parecido com a quedinha boba que tive por ele, mas diferente. Muito, muito diferente.
Estou começando a entender que a gente sempre consegue arranjar tempo para o que importa.
A cada dia essa coisa com ele ficava mais forte. Pior. Como você se apaixona pelo homem de quem se espera que se divorcie daqui a alguns anos?
— Eu vi a forma como ele te olha. Eu sei como você sempre olhou para ele.
— Você nunca precisa se preocupar quanto a eu te querer em algum lugar. Entendido?
— Ele é meu marido.
Ele me beijou. O Aiden me beijou.
Naquele momento, eu não achava já ter amado nada a metade que eu amava o Aiden.
De todas as pessoas que eu poderia ter escolhido para significar tudo para mim, tinha que ser essa. A única que não queria um relacionamento de verdade por não querer se dedicar a ele. O cara que só amava uma única coisa na vida e tudo o mais vinha a reboque.
E, sério, eu não podia amá-lo mais. Nem um pouco mais. E não podia dizer a ele.
Cansou de me apalpar?
Foi só quando ele já havia saído de casa que olhei para baixo e vi o que ele tinha me deixado. A medalhinha. A medalhinha de São Lucas que o avô lhe dera. Aquilo me fez chorar.
E chorei porque eu amava alguém que talvez não me amasse, não importa o quanto eu quisesse.
— Essa é a minha garota.
— Sou? — perguntei de cara, esperando mais do que um pouco que ele não estivesse só… era estupidez, Aiden não ia dizer só da boca para fora. — A única — ele falou, como se não houvesse outra escolha no mundo.
— Essa é a minha garota. Essa é a minha garota, porra.
— Eu senti muita saudade.
Eu ia dizer… eu ia dizer que amo você. Eu sei que você disse que não queria um relacionamento, e eu sei que as coisas entre nós são supercomplicadas…
— Você ouviu algo do que eu te disse quando acabou a corrida? Eu senti saudade. Eu senti tanta saudade que você não pode nem sequer começar a entender o quanto. Eu não queria te deixar aqui. Continuei tentando me convencer a não ir. Por que você acha que nunca abordei o assunto?
— Como você não sabe que significa o mundo para mim? Não deixei claro o bastante?
— Eu te amo. E eu murmurei de volta, toda a minha alma se inflamando. — Eu sei. — Porque eu sabia. — Eu te amo também.
Lar é onde você está. Eu iria para qualquer lugar por você, se você me quisesse lá.
— Não sei nada de relacionamentos, Van, mas sei que amo você. Sei que esperei toda a minha vida para te amar, e farei qualquer coisa que precisar para fazer dar certo.
Mas não posso mais me lembrar como é não ser feliz.