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Relacionamentos não são feitos apenas de amor ou familiaridade.
Eu era Rossi, ele era Montes. E apenas seria assim para sempre, porque eram como as coisas eram.
Nós éramos totalmente opostos. Como Superman e Lex Luthor, como Luke Skywalker e Darth Vader, como Gregos e Romanos, como Grifinória e Sonserina. Nunca foi só uma questão de política para nós dois.
— Simpática sua namorada, assim como você
— Eu não namoro, Rossi.
Eu o odiava, principalmente por ele ser gostoso.
— Ela é seu karma, Marco.
— Você é homem, Montes, diga-me... Qual é a dificuldade de vocês em achar o clitóris de uma mulher?
— Porque deve ter a explicação em algum livro ou pesquisa...
— Infelizmente não posso responder sua pergunta, Rossi
— E por qual motivo? — Porque nenhuma mulher que eu fodo, deixa de gozar. Faço questão disso
— Você fodeu com a minha vida por tantos anos, talvez seja minha hora, não acha?
— O que quer que eu faça com você, Rossi? Diga pra mim
— Quero que me foda, Montes
— Porra, eu vou te foder tanto.
— Eu decido a hora que você vai gozar
— Ainda acha que os homens não sabem onde fica o clitóris de uma mulher? Porque eu achei o seu três vezes
— Sei que você gosta de embasar suas teses com inúmeras comprovações. Fique tranquila, Rossi, vou achá-lo mais algumas vezes essa noite
Rossi era diferente das outras, porque as outras me queriam e amavam isso. Ela me queria e se odiava por isso. Somente este fato era interessante o suficiente para que eu quisesse de novo.
— Ninguém precisa saber que você gosta que eu te foda, Rossi
— Eu te odeio
— Sem problemas Rossi, é recíproco. Nós vamos trepar, não casar
— Você é um babaca, eu sei disso e não me importo. Não há expectativa nenhuma sobre você. E nem você sobre mim.
— Não duvide de mim, Marco, sabe que quando eu quero alguma coisa eu... — Você não vai
— Qual é o seu problema, caralho?
— Ela é minha
— Está pedindo a prioridade em Rossi?
Ah, foda-se, eu queria transar hoje. Com ela.
— Montes? Pode ficar aqui comigo até eu dormir? — perguntei, baixinho, e ele assentiu com a cabeça.
— Talvez a gente possa otimizar o seu tempo, Rossi. Eu posso te chupar enquanto você põe sua leitura em dia
Montes estava deitado na cama, apenas com uma cueca boxer preta, exibindo aquele abdômen perfeito e definido. Seu braço estava dobrado atrás da cabeça e ele estava segurando um livro. Porra, essa cena era de molhar a calcinha. Gostoso. Lindo. Inteligente. Sexy. Montes era o pacote completo. E ele tinha “o pacote”, se é que vocês me entendem.
— Eu compro outras pra você. Eu compro a porra da loja inteira de lingerie pra você, se você quiser
— Eu já disse o quanto te odeio? — Minha voz saiu falhada, enquanto puxava o ar devagar. Ela se afastou um pouco para me encarar. — Não, você pode dizer agora. — E então ela intensificou os movimentos, fazendo com que eu xingasse todos os palavrões na minha cabeça. — Diz! — Eu odeio você. — Sorriu satisfeita, gemendo um pouco mais em resposta, adorando toda a autoridade em seu comando e no fato de eu ter obedecido. Abaixe sua bolinha, Rossi. Dizer que eu te odeio é algo que faço com bom grado. Porque era a verdade, eu a odiava. Muito. Mais do que no passado. Mais do que nunca. Principalmente
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Eu poderia transar com ela para sempre, por todos os dias da minha vida. E a odiava por isso. Muito. Mais do que no passado. Mais do que nunca.
A verdade é que eu não queria que mais ninguém estivesse com ela. Foda-se, não queria mesmo. Era possessivo demais para isso.
Marco Montes não era meu. Ele nunca havia sido. Ele nunca seria.
— E como você está? Fodido. Quebrado. Apaixonado por você.
— Marco, você não pode ficar fazendo isso. Eu já disse que... — Shhhhh... — Tornei a colar minha boca na dela, as frases sendo ditas entre os beijos. — Eu quero te beijar. Você não tem ideia de quantas vezes quis fazer isso, porra. Não diga nada, apenas... — Não! — ela disse com uma voz mais firme, afastando-se um pouco e olhando-me triste. — Isso não é certo. — Preciso de você. — Marco, você não precisa de mim. Você me quer. Nós dois sabemos que isso é diferente. — E se eu precisasse, Alice?
— E se eu precisasse de você? E somente você?
— O que quer de mim? Exclusividade? Eu não quero transar com outras mulheres, nem com Paula, nem com ninguém. Eu quero você
— Você quer que eu te beije? Ótimo, porque não tem nada no mundo que eu queira mais do que te beijar até perder o ar. Você quer que a porra da cidade inteira saiba que estamos juntos? Nós podemos descer agora e contar para a jornalista que está aqui. Não me importo! Foda-se, eu quebro todas as malditas regras que criei por você.
— O que você vai fazer? — O que você acha? Vou arrumar uma porra de uma livraria para me declarar.
—, o que você quer que eu te diga? Eu sinto sua falta, sinto falta das nossas conversas, da sua risada, dos seus pontos de acupressão... Sequer sei o que é dormir hoje em dia, porque você não está lá. Odeio ver aquelas porcarias daquelas geleias intactas no armário.
— Sinto falta de reclamar sobre você estragando o uísque, daquele chá horroroso que só você sabe fazer, da porra da zona que fazia na minha sala, até mesmo dos seus malditos chutes durante a noite.
— Você diz que não vemos as coisas da mesma forma, mas o que acha que eu estou fazendo aqui? Estou me declarando para você dentro da sua maldita livraria preferida como no filme que você ama.
— Alice...
— Eu sou apenas um garoto parado na frente de uma garota pedindo a ela que o ame
— Marco, você não pode fazer esse grande gesto romântico, se declarar pra mim dentro da livraria como no filme que eu amo, falar sobre as coisas que você sente falta apenas para me ter do seu lado pra transar.
— Eu não estou fazendo isso para ter você do meu lado pra transar. Nossa relação não se resume a sexo. — Mesmo? Porque você sempre disse que era só isso
— Porque era só isso... Até que me apaixonei por você. E eu sei, eu sei que fui um idiota por não perceber isso antes, sei que deveria ter falado que sim, que sentia algo, quando você me perguntou. Eu sequer tinha certeza e continuava negando para mim mesmo, dizendo que aquilo era uma consequência da rotina. — E talvez seja, talvez você só esteja confuso, Marco. Eu simplesmente não posso...

