— Eu preciso fazer xixi — ela sussurrou, e eu franzi o cenho. — Pode ir — falei, tentando manter minha voz doce, mas ela revirou os olhos e cruzou as perninhas como se a vontade apertasse. — Eu não sei me limpar direito. — Entrei em pânico. Merda, eu não sabia limpar uma criança. — Então pede pra sua mãe! — respondi ansiosa e por impulso. — Tô pedindo! — ela respondeu, parecendo ficar brava. Meus olhos se arregalaram. Ela achava que eu era a mãe dela; fazia sentido que estivesse me pedindo aquilo. — E o papai está cozinhando. Vamos, por favor, mãe! — ela implorou, agoniada.