Jackeline Dinizo

43%
Flag icon
Mas sabe-se lá por qual mecanismo aleatório viu-se perturbado por uma súbita consciência. A consciência definitivamente não é um amanhecer. É luz elétrica encanada até um interruptor. Passa-se do escuro ao claro, sem nuances. É como olhar, distraído, para a parede de um cômodo que se visita diariamente e ver, com assombro, em estado adiantado, uma infiltração que não se viu começar, nem crescer. Mas que está lá num tamanho considerável. Ontem não estava, hoje está. A consciência é a posse das evidências num gole.
Véspera
Rate this book
Clear rating
Open Preview