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Mas você precisa descobrir como amar a vida que tem, enquanto trabalha para construir a vida que quer.
Você só poderá encontrar a felicidade verdadeira dentro de si mesma, não dentro de outras pessoas, não importa o quanto você goste delas. Faça-se feliz, e o resto virá. Eu prometo.
Talvez Stan possa tentar instalar um chip de sensibilidade no seu neto. Parece que está faltando isso nele.
— Srta. Darling, desça logo daí antes que caia e se machuque. Tenho certeza de que seus anos de prática equilibrando cães na parte da frente da sua prancha de surfe a fizeram pensar que é capaz de andar sobre uma cadeira com rodinhas, mas posso assegurá-la de que cair e esmagar o crânio na quina da mesa vai doer.
Minha avó dizia que uma dama sempre deve abrir um sorriso angelical e guardar seus pensamentos diabólicos para si mesma.
Um bilhete azul de Reed. Para mim.
Como se não bastasse ela limpar as ruas da cidade ao raiar do dia, sua bunda ficava fantástica naquela saia enquanto ela fazia isso.
Quando ele respondeu, sua voz estava baixa, fazendo a minha pele formigar. — Você quer que eu tire proveito de você?
Eu odiava me importar, odiava estar atraído por ela. Odiava o fato de que ela me fez sentir mais vivo do que me sentia há muito tempo. Mas, acima de tudo, eu odiava o fato de que provavelmente seria melhor para Charlotte ficar com aquele meu primo mulherengo do que comigo. Doía admitir isso. Mas era a verdade. Ele poderia ser capaz de lhe dar filhos loirinhos e a vida que ela merecia, algum dia.
— É esse tipo de bilhetes de amor que você escreve agora, Eastwood? — Ri. — Está mais para um bilhete de ódio.
— Ne tenez-vous pas la langue anglaise assez? Tradução: Você não já destrói a língua inglesa o suficiente?
— Claro. CPOCLDC: “Cantar Para o Cara Lá de Cima”. Eu escrevi em código para que ninguém entendesse, além de nós.
Bem, Charlotte, eu parei de traduzir ali porque a ideia de você sair com um cara aleatório me deixa possesso.
— Suborno faz mais sentido do que esse comportamento de macho alfa sem justificativa alguma que você está exibindo contra mim agora, não acha?
Típico da Charlotte irritante, insistente, às vezes esperta, mas sempre... linda. Da Charlotte linda pra caralho. Da Charlotte linda pra caralho que não ia chegar perto do meu irmão de jeito nenhum.
— O que você está fazendo comigo? — murmurei, as palavras saindo como um soluço sobre o qual eu não tinha controle. — O que você está fazendo comigo? — ela sussurrou.
— Só mais uma coisa. Se algum dia você tiver a oportunidade de estapear a cara da Allison, vai ter que entrar na fila atrás de mim.
— Você quis dizer Darling meu sobrenome, com D maiúsculo, e não com d minúsculo, como o apelido carinhoso, não é? Tudo bem, eu gosto de coisas grandes. Ah, ela não acabou de dizer isso! Aposto que você gosta, Charlotte. E, em outra vida, talvez eu pudesse te dar.
É um pouco apertado, mas você disse que é isso que os experts recomendam. E como é você que vai ficar atrás de mim o dia todo, pensei que não teria problema, já que é o meu amigo que vai ficar olhando para a minha bunda em uma calça apertada o tempo todo... não um homem.
“Você merece estar com alguém que não vai atrapalhar a sua vida.”
Porque você tem esclerose múltipla. E porque você acredita que isso importaria para mim.
O que eu acho? Acho que você é minha.
— A mulher pela qual eu sou louco pra caralho me pediu para ajudá-la a fechar o zíper do seu vestidinho sexy para ir a um encontro com outro cara esta noite.
— Você tem razão. Ele gosta. Vocês dois brigam como dois velhinhos casados há muito tempo, flertam como se estivessem no colegial, e são confidentes um do outro como se fossem melhores amigos desde sempre. O meu neto não está tentando te afastar por ter medo de se apaixonar por você. Ele está tentando te afastar porque já está apaixonado.
— Ou... talvez você esteja querendo que eu levante a minha saia para você de novo?
— Aquela Allison... idiota pra caralho.
— Eu acho que é melhor passar anos guardando uma lembrança que pode doer às vezes do que nunca ter nada para lembrar.
Me mata saber que você está sofrendo. Venha para a minha casa. Me deixe cuidar de você. Eu te amo. Eu te amo, Charlotte.
Amar não tinha a ver com um lindo vestido, um bilhete, ou mesmo com palavras comoventes. Amar era estar com alguém na alegria e na tristeza, apoiar essa pessoa não somente nos melhores momentos, mas também nos piores. Era estar ao lado dessa pessoa, como eu faria por Reed, se ele me permitisse. Pensei na minha mãe biológica. Amar de verdade também era perdoar.
Naquele momento, percebi que, mesmo que levasse algum tempo, eu ficaria bem, independente do que acontecesse entre Reed e mim, porque eu teria a mim mesma. E eu era forte. Perfeitamente imperfeita.
— Não dá para fazer alguém amar uma pessoa. Mas o oposto também é verdade. Nada nem ninguém pode fazer alguém parar de amar uma pessoa. Eu tentei tanto não te amar, Charlotte. Mas eu te amo com todo o meu coração e a minha alma.
Discretamente, abri a pasta no meu laptop que continha o documento com a minha lista de desejos e acrescentei mais um item: Casar Com Charlotte Darling.
Charlotte Darling, você pode me ajudar a realizar o maior desejo da minha lista? Você quer ser minha esposa?
— Ei, mãe, eu não quero ficar dançando com o bilhete no meu vestido. Pode acontecer alguma coisa com ele. Você pode guardá-lo para mim?