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Ninguém, na verdade, pode explicar, seja antes ou depois, o que faz um adolescente desistir da vida. Às vezes dói muito ser gente. Não se entender, não gostar do corpo em que se está preso. Ver nossos olhos no espelho e questionar de quem são eles, sempre com a mesma pergunta: “O que há de errado comigo? Por que me sinto assim?”
“Os barcos que ficam no porto estão seguros, querido, mas não foi para isso que foram construídos.”
Ele diz que a gente acaba se casando com quem não entende. Depois passamos o resto da vida tentando.
“Não dá para viver por muito tempo com pessoas que são apenas bonitas, Jules. Mas as engraçadas, ah, estas duram uma vida inteira!”
“a solidão é como a fome, não percebemos quão famintos estamos até começarmos a comer”.
Esse é o poder da literatura, sabe, ela pode funcionar como pequenas cartas de amor entre pessoas que só podem explicar seus sentimentos apontando para os de outras pessoas.
Amar é querer que você exista.
Às vezes não precisamos de distância, apenas de barreiras.
Dizem que a personalidade de uma pessoa é a soma de suas experiências. Mas não é verdade, pelo menos não inteiramente, porque, se nosso passado fosse tudo o que nos define, nunca seríamos capazes de nos suportar. Precisamos nos permitir reconhecer que somos mais do que os erros que cometemos ontem. Que somos também todas as nossas próximas escolhas, todos os nossos amanhãs.
Mas quando você chegar em casa esta noite, quando este dia terminar e a noite nos levar, permita-se respirar profundamente. Porque sobrevivemos a mais este dia. Haverá outro amanhã.