Eu não poderia saber. Aos vinte e quatro, eu achava que ser adulta era se virar sozinha. Achava que era engolir o choro e pagar as contas. Achava tanta coisa simplória. Não é. Ser adulto era saber das pessoas, saber cuidar das pessoas, dos seres. Ser adulta era saber chorar as coisas, saber que não se pode pagar por tudo, que às vezes não se pode pagar e ponto. Há coisas que não têm preço, outras que não estão à venda e ainda existem aquelas que não se pode ter.

