Com os filtros, Kira tinha um mundo dentro de um mundo — todo um universo de conteúdo, real e inventado, para explorar. Sem ele, só o que lhe restavam eram seus pensamentos, ralos e insubstanciais, e a escuridão ecoante para além deles. Além de tudo, seus sentidos foram embotados; ela não enxergava UV, nem infravermelho, não sentia os campos magnéticos à volta, não podia interagir com máquinas e, pior ainda, não podia pesquisar o que não soubesse.