A caixinha de música não tem culpa de ter sumido. Mas nós não temos escapatória. Quando vemos uma coisa que sumiu, o coração se inquieta. É como se alguém lançasse algo pesado e duro dentro de um pântano de águas tranquilas. Isso cria ondas na superfície, um redemoinho no fundo, levanta o lodo. É por isso que as pessoas queimam suas coisas sumidas, jogam-nas nos rios, as enterram: elas precisam mandar as coisas sumidas para longe.

