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A carnavalização, portanto, é a concepção de um momento em que aqueles que são marginalizados podem apropriar-se do centro simbólico e, dessa maneira, tornam-se o centro, ainda que apenas por alguns dias. Muitos autores, como Gógol, lançam mão desse recurso: se aqui temos um nariz, parte do rosto de alguém, que rapidamente ascende na hierarquia pública e ultrapassa seu dono, estamos diante de uma situação carnavalizada, afinal a parte torna-se mais importante que o todo, e a inversão de papéis colabora para ampliar a sensação de absurdo que permeia a narrativa.
O Nariz
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