Hamilton não acreditava que os ricos fossem modelos de virtude. Tinham tantos vícios quanto os pobres, declarou, só que “seus vícios são, provavelmente, mais favoráveis à prosperidade do Estado que os dos miseráveis e estão menos relacionados a corrupção moral”.97 Como credores, teriam um interesse especial em perpetuar o novo governo, e o poder por eles exercido seria sempre limitado pela opinião pública. No “desenrolar normal das coisas, as opiniões e até os preconceitos do povo hão de dirigir as ações dos governantes”.98