— quando a situação chega a esse ponto, no qual tudo ou é ficção ou é visto como ficção, o dever do romancista já não pode ser o de escrever mais ficções. Era esse o sentimento que eu tinha; o mundo estava desaparecendo, porque estava sempre em outro lugar, e a minha vida estava desaparecendo, porque também estava sempre em outro lugar. Se eu fosse escrever um romance, teria de ser um romance sobre a realidade como era de fato, vista por um homem feito prisioneiro da realidade por força do corpo, mas não dos pensamentos, que estavam fixos em outra coisa, em um desejo profundo de transcender a
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