Acima de tudo é perder-se a si mesmo, ou perder o próprio ser. Nesse sentido é meio como ler, mas enquanto na leitura a perda de si se dá em função de um eu estranho, que por estar claramente definido como terceiro não representa nenhuma ameaça séria à integridade do eu, a perda do eu durante a escrita é completa, como a neve desaparece na neve, talvez se pudesse dizer, ou como um outro monocromismo qualquer, no qual não existe nenhum ponto privilegiado, nada de primeiro ou segundo plano, nada de parte de cima ou de baixo, apenas a mesma coisa por todos os lados. Esta é a essência do eu
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