Quando eu tinha dezesseis anos, eu achava que a vida era eterna e que a quantidade de pessoas era inesgotável. Não era tão estranho assim, desde que eu tinha entrado na escola aos sete anos eu estava sempre rodeado por centenas de crianças e adultos, as pessoas eram um recurso renovável, que existia em excesso, mas o que eu não sabia, e mais, o que eu nem ao menos imaginava, era que cada passo que eu dava me definia, que cada pessoa que eu encontrava deixava marcas em mim, e que a vida que eu vivia naquela época, mesmo com todas as intermináveis contingências, seria de fato a minha vida. Que
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