Afinal consegui pelo menos articular um pensamento: “estou pedindo socorro”. Ocorreu-me então que eu não tinha contra o que pedir socorro. Eu não tinha nada a pedir. De repente era isso. Eu estava entendendo que “pedir” eram ainda os últimos restos de um mundo apelável que, mais e mais, se estava tornando remoto. E se eu continuava a querer pedir era para ainda me agarrar aos últimos restos de minha civilização antiga, agarrar-me para não me deixar ser arrastada pelo que agora me reivindicava.