O presente era uma inquietação constante, o futuro, um martírio que jamais teria fim. E daí que dali a oito anos ele teria apenas 32 e poderia começar uma vida nova! Viver para quê? Que perspectivas tinha? Viver só para existir? Ele estava mil vezes mais disposto a entregar sua existência por uma ideia, uma esperança, até mesmo uma fantasia. A existência somente era pouco, ele queria mais.
Ao descobrir que não era extraordinário, de que tinha cometido um erro, se tornou completamente apático e sem esperanças. Ele não queria apenas existir, e foi capaz de acabar com a própria vida por um ideal.
Parece que seu maior motivo de angústia é não ter sido alguém extraordinário. Seu arrependimento não foi pelo crime, mas sim por não ter sido forte o suficiente para sustentar sua ideia