É a Casa do Raio, em palácio, uma das mais preciosas joias setecentistas que Portugal guarda. Causa algum espanto como um estilo que nas composições interiores dificilmente conseguiu manter o equilíbrio entre a forma e a finalidade, foi capaz, nos exteriores, de comprazer-se em jogos de curva e contracurva, integrando-os nas exigências e possibilidades dos materiais. E o azulejo que, pelo seu geometrismo rígido, não parecia poder ser submetido aos recortes que as pedras lhe impõem, surge aqui como um fator complementar de extrema precisão.