Mas o ato de colocar um disco para tocar parecia mais envolvente e, finalmente, mais satisfatório, do que ouvir aquela mesma música se ela saísse de um computador: a procura física pelas lombadas dos discos na estante, o exame cuidadoso da arte na capa, a forma diligente que se coloca a agulha e aquela pausa de um segundo entre seu contato com a superfície de vinil do disco e as primeiras ondas sonoras ruidosas que emergiam das caixas de som. Tudo aquilo envolvia mais nossos sentidos físicos, exigia o uso das mãos, dos pés, dos olhos, das orelhas e até da boca, pois soprávamos a poeira da
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