A Divina Comédia de Dante
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De levar-te comigo; ir-te-ei guiando Pela estância do eterno sofrimento, Onde, estridentes gritos escutando, Verás almas antigas em tortura Segunda morte a brados suplicando.
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“Que, até onde disseste conduzido, À porta de São Pedro eu vá contigo E veja os maus que houveste referido.”
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Por que irei? Quem permite esta jornada? Eneias, Paulo sou? Essa ventura Nem eu, nem outrem crê ser-me adaptada.
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– Por que não socorrer quem te amou tanto, Que só por ti deixou do vulgo a estrada?
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“Quando és pelas três santas protegido, Que na corte do céu por ti se esmeram, E gozar tanto bem lhe é prometido?”
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No existir, ser nenhum a mim se avança, Não sendo eterno, e eu eternal perduro: Deixai, ó vós que entrais, toda a esperança!
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Deste mísero modo – tornou – chora Quem viveu sem jamais ter merecido Nem louvor, nem censura infamadora.
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Não lhes é dado nunca esperar morte; É tão vil seu viver nessa desgraça, Que invejam de outros toda e qualquer sorte.
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“Alma inocente aqui jamais transita, E, se Caronte contra ti se assanha, Patente a causa está, que tanto o irrita.”
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acha-se na orla do primeiro círculo. Entra depois no Limbo, onde estão os que não foram batizados, crianças e adultos.
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Conhecer – meu bom Mestre diz – não queres Quais são os que assim vês ora sofrendo? Antes de avante andar convém saberes Que não pecaram: boas obras tendo Acham-se aqui; faltou-lhes o batismo,
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Quatro sombras notei, quando aquieta O rumor, que a nós vinham: nos semblantes Nem prazer, nem tristeza se interpreta.   E disse o Mestre, após alguns instantes: – Aquele vê, que, qual monarca ufano, Empunha espada e os três deixa distantes. É Homero, o poeta soberano; O satírico Horácio é o outro, e ao lado Ovídio, em lugar último Lucano.
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No ingresso do segundo círculo está Minos, que julga as almas e designa-lhes a pena. No repleno desse círculo estão os luxuriosos, que são continuamente arrebatados e atormentados por um horrível turbilhão.
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No terceiro círculo estão os gulosos, cuja pena consiste em ficarem prostrados debaixo de uma forte chuva de granizo, água e neve, e ser dilacerados pelas unhas e dentes de Cérbero. Entre
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Pluto, que está de guarda à entrada do quarto círculo, tenta amedrontar a Dante com palavras irosas. Mas Virgílio o faz calar-se, e conduz o discípulo a ver a pena dos pródigos e dos avarentos, que são condenados a rolar com os peitos grandes pesos e trocarem-se injúrias.
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Flégias corre com a sua barca para os dois Poetas serem conduzidos, passando à lagoa, à cidade de Dite.
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Na torre de Dite se apresentam, no entanto, as três Fúrias e depois Medusa, que ameaçam a Dante.
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Caminhando os Poetas entre as arcadas, onde estão penando as almas dos heresiarcas,
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O primeiro, que é o sétimo, é o círculo dos violentos. Como a violência pode dar-se contra o próximo, contra si próprio e contra Deus, o círculo é dividido em três compartimentos, cada um dos quais contém uma espécie de violentos. O segundo círculo, que é o oitavo, é o dos fraudulentos e se compõe de dez círculos concêntricos. O terceiro, que é o nono, se divide em quatro compartimentos concêntricos.
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O Minotauro está de guarda ao sétimo círculo. Vencida a ira dele, chegam os Poetas ao vale, em cujo primeiro compartimento veem um rio de sangue fervendo, no qual são punidos os que praticaram violências contra a vida ou as coisas do próximo.
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Os dois Poetas entram no segundo compartimento, onde são punidos os violentos contra si mesmos e os dilapidadores dos próprios bens. Os primeiros são transformados em árvores, cujas negras folhas as Hárpias dilaceram; os outros são perseguidos por cães famintos que os despedaçam.
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O terceiro compartimento no qual agora chegam os Poetas é um campo de areia ardente, devastado por grandes chamas de fogo. Aí estão os violentos contra Deus, contra a natureza e contra a arte.
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Prosseguindo os Poetas, encontram um grupo de violentos contra a natureza.
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Perto do limite do terceiro compartimento do sétimo círculo os Poetas encontram outro bando de almas de sodomitas, no qual se destacam três ilustres compatriotas de Dante.
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Enquanto Virgílio fala com Gerion, para convencer essa horrível fera a levá-los ao fundo do abismo, Dante se aproxima das almas dos violentos contra a arte.
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Encontram-se os Poetas no oitavo círculo, chamado Malebolge, o qual é dividido em dez compartimentos concêntricos. Em cada um deles é punida uma espécie de pecadores, condenados por malícia ou fraude.
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No terceiro compartimento, onde os Poetas chegam, são punidos os simoníacos.
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No quarto compartimento são punidos os impostores que se dedicaram à arte divinatória.
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Aqui piedade é morte em toda mente:
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No quinto compartimento são punidos os trapaceiros que negociaram os cargos públicos ou roubaram aos seus amos.
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Andando os dois Poetas pelo aterro à esquerda, veem muitos trapaceiros, que, por aliviar-se, boiam acima do piche fervendo.
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Encontram os hipócritas vestidos de pesadas capas de chumbo dourado.
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chegam ao sétimo compartimento no qual estão os ladrões, os quais, picados por serpentes horríveis, inflamam-se e, depois, ressurgem das cinzas.
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Vanni Fucci depois das negras predições desafia a Deus, pelo que o centauro Caco, todo coberto de serpentes, lhe corre atrás.
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oitavo compartimento, distinguem infinitas chamas, dentro das quais são punidos os maus conselheiros.
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Dante vê Maomé, que o encarrega de uma embaixada para o herege rei Dolcino;
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Chegando ao décimo compartimento, os Poetas ouvem os lamentações dos falsários, que aí são punidos com úlceras fétidas e enfermidades nauseantes.
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Os falsificadores de moedas, tornados hidrópicos, são constantemente atormentados por furiosa sede;
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Os que falaram falsamente são perseguidos por febre ardentíssima.
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Dando as costas ao oitavo círculo, caminham os Poetas para o centro, onde se abre o poço pelo qual se desce ao nono. Em torno do poço estão os gigantes rebeldes, cujas figuras horrendas Dante descreve.
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Os dois Poetas se encontram no círculo, em cujo pavimento de duríssimo gelo estão presos os traidores.
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a alma dos traidores cai no Inferno logo depois de consumada a traição e que um diabo toma conta do corpo até chegar o tempo do seu fim no mundo.
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Na Judeca estão os traidores dos seus senhores e benfeitores. No meio está Lúcifer, que com três bocas dilacera três entre os mais horrendos pecadores:
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várias almas curvadas sob o peso de grandes pedras. São as almas dos que no mundo foram soberbos.