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Aqui está o ser humano plenamente dotado de livre-arbítrio. Não há regras. Não há limites. O álcool e as drogas deixam as máscaras caírem, os verdadeiros rostos se revelam diante de um público também despido de normas. Racionais, mas, antes de tudo, animais.
Tentei desviar o olhar, mas não consegui. Minha própria dose de sadismo me fazia querer ver cada detalhe do ato. Sou curioso. Assim como você, leitor, que percorre com avidez estas linhas, eu queria saber exatamente o que ia acontecer. Por mais macabro que fosse. Por mais louco. E não me importo. Não se importe você também.
Até que ponto realmente conhecemos as pessoas?, perguntara o delegado. Agora eu tinha a resposta: nós não conhecíamos ninguém. Absolutamente ninguém. Eu não conhecia nem minha mãe. Não conhecia seus limites, seus sonhos, seus medos e suas angústias mais íntimas.

