O homem que confundiu sua mulher com um chapéu: E outras histórias clínicas (Portuguese Edition)
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os animais contraem enfermidades, mas só o homem mergulha radicalmente na doença.
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Mas o que era mais trágico, ou quem era mais desgraçado: o homem que sabia ou o que não sabia?
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E, no entanto, seja no sentido filosófico (o de Kant) ou no sentido empírico e evolucionista, o discernimento é a faculdade mais importante que possuímos.
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É preciso começar a perder a memória, mesmo que a das pequenas coisas, para percebermos que é a memória que faz nossa vida. Vida sem memória não é vida [...] Nossa memória é nossa coerência, nossa razão, nosso sentimento, até mesmo nossa ação. Sem ela, somos nada [...] (Só posso esperar pela amnésia final, a que pode apagar toda uma vida, como fez com a de minha mãe [...]) Luis Buñuel
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Há pouca ou nenhuma esperança de recuperar sua memória. Mas um homem não consiste apenas em memória. Ele tem sentimento, vontade, sensibilidades, existência moral — aspectos sobre os quais a neuropsicologia não pode pronunciar-se.
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Em termos neuropsicológicos, há pouco ou nada que você possa fazer; mas no que respeita ao indivíduo talvez você possa fazer muito.”
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(Quando um homem perde uma perna ou um olho, sabe que perdeu a perna ou o olho; mas se ele perdeu o eu — se perdeu a si mesmo — não é capaz de saber disso, pois já não está mais ali para sabê-lo.)
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por maior que seja o dano orgânico e a dissolução humeana, permanece intacta uma possibilidade de reintegração pela arte, pela comunhão, pelo contato com o espírito humano: e isso pode ser preservado no que a princípio parece ser um estado irremediável de devastação neurológica.
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Biologicamente, fisiologicamente, não somos muito diferentes uns dos outros; historicamente, como narrativas, cada um de nós é único.
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Aquela mulher que, tornando-se toda pessoa, perdera a si própria tornara-se ninguém.
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O concreto pode abrir portas, e também pode fechá-las. Pode constituir o portal para a sensibilidade, a imaginação, a intensidade. Ou pode restringir o possuidor (ou possuído) a detalhes insignificantes. Encontramos esses dois potenciais, amplificados, por assim dizer, nos deficientes mentais.