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É perfeitamente possível fazermos uma série de ações moralmente virtuosas quando temos o coração cheio de medo, de orgulho ou de sede de poder.
Nessa passagem, Paulo mostra que a causa da divisão é o orgulho e a vanglória.
Até o século 20, as culturas tradicionais (assim como a maioria das culturas do mundo) sempre acreditaram que a autoestima elevada demais era a causa de todos os males da sociedade. O que provoca a maior parte dos crimes e da violência? Por que as pessoas são maltratadas? Por que são cruéis? Por que cometem os erros que cometem? A resposta tradicional diria que a culpa era do hubris: palavra de origem grega que significa soberba ou autoestima elevada demais. Tradicionalmente, era assim que se explicava o mau comportamento das pessoas.
No entanto, na sociedade ocidental de hoje, desenvolvemos um consenso cultural totalmente oposto.
A questão, como você percebe, é que a “teoria do mau comportamento como resultado da baixa autoestima” é muito atraente. Não é necessário fazer nenhum julgamento moral para lidar com os problemas da sociedade. Basta animar as pessoas e ajudá-las a se desenvolver.
Está inchado, inflamado e expandido além de seu tamanho normal. Paulo afirma que essa é a condição natural do ego humano.
a imagem sugere quatro verdades sobre a condição natural do ego humano. Ele é vazio, dolorido, atarefado e frágil.
O ego vive chamando a atenção para si mesmo — e isso todos os dias. O
É comum reclamarmos que alguém feriu nossos sentimentos. Mas os sentimentos não podem ser feridos! É o ego que se sente machucado — nosso eu, nossa identidade. Os sentimentos continuam ótimos! É o ego que dói.
Pense nisto: dificilmente atravessamos um dia sem nos sentirmos esnobados ou ignorados, sem achar que somos idiotas ou sem atormentar a nós mesmos.
E, em terceiro lugar, o ego é incrivelmente atarefado — ou seja, faz de tudo para ser notado. Vive ocupado tentando preencher o vazio. E é incansável sobretudo em duas tarefas: a comparação e a vanglória.
O orgulho não se satisfaz em ter uma coisa, mas em tê-la em quantidade maior do que os outros. Dizemos que as pessoas se orgulham de ser ricas, espertas ou bonitas, mas isso não é verdade. Elas têm orgulho de ser mais ricas, mais espertas ou mais bonitas que os outros. Se todos fossem igualmente ricos, ou inteligentes, ou bonitos, não existiria motivo de orgulho.2
Trabalhamos em coisas de que não gostamos, fazemos dietas que detestamos. Realizamos todo tipo de coisas, não pelo prazer de realizá-las, mas apenas para construir um currículo que impressione.
Com isso, tentamos ser os melhores e desenvolver um currículo que aumente nossa autoestima, uma vez que estamos desesperados por compensar nosso sentimento de impotência e vazio. O
Como alcançamos esse estágio de não sermos controlados pela opinião dos outros?
Praticamente todos os conselheiros que conheço afirmariam que não devemos levar em consideração o que os outros pensam sobre nós.
Não estamos acostumados a pessoas assim tão honestas e tão conscientes de todo tipo de falhas morais — e ainda assim com equilíbrio e confiança incríveis.
Por quê? Porque julgarei a mim mesmo. Estabelecemos nossos padrões e depois nos condenamos. Dessa forma, o ego nunca fica satisfeito. Nunca!
Isso porque a essência da humildade resultante do evangelho não é pensar em mim mesmo como se eu fosse mais nem pensar em mim mesmo como se eu fosse menos; é pensar menos em mim mesmo.
Como Deus me ama e me aceita, não preciso fazer as coisas apenas para melhorar o currículo. Não tenho de fazer as coisas para parecer bom. Faço-as só pela alegria de realizá-las. Ajudo as pessoas porque quero de fato ajudar — não para me sentir bem, não para preencher o vazio.