Metrópolis
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Read between August 21 - August 26, 2023
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Mas não quero que nenhum ser humano que conheço fique deitado a noite toda, encarando o teto até parecer que ele vai desabar, não se eu puder evitar.
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Cada ano que passava pela cidade parecia rastejar moribundo para dentro dessa casa, de modo que ela finalmente se tornou o cemitério dos anos, um caixão cheio de décadas mortas.
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O término é, ao mesmo tempo, um desligamento.
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Sei muito bem que nossos únicos tiranos são justamente aqueles de quem precisamos. Então,
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Minha! Amada! Como o mundo pôde existir enquanto você ainda não estava aqui?
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E querem saber como terminou? Eu vejo um ser humano vindo do alvorecer do mundo. Ele é lindo como o mundo e tem um coração ardente. Ele adora caminhar pelas montanhas, oferecendo seu peito ao vento e conversando com as estrelas. É muito forte e domina todas as criaturas. Ele sonha com Deus e se sente ligado a ele. Suas noites são cheias de rostos.
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Ele lhes dará algo mais precioso do que tudo que um ser humano poderia lhes dar: a capacidade de tornarem-se livres sem que se tornem culpados.
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Um humano? Não era humano. Eram restos de um humano, com o dorso meio apoiado à parede, meio recostado, e nos pés esqueléticos, que quase tocavam os joelhos da garota, os sapatos estreitos eram pontiagudos e vermelhos.
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Falava praticamente todas as línguas vivas, como se sua mãe o tivesse ensinado a rezar e seu pai a praguejar em todas elas.
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Maohee é um narcótico; mas onde gatos ficam ao lado de leões? Maohee está além da terra. É o divino, o único, porque é o único que nos faz sentir a embriaguez dos outros.
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Quero vítimas, e as vítimas não me satisfazem! Rezem para mim e saibam: eu não escuto vocês! Gritem para mim: Pater noster! Saibam: sou surdo!
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Então, Georgi é um trabalhador? – É. Eu o encontrei diante da máquina de Paternoster. Tomei o seu lugar e o enviei a você.
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Por mais estranho que possa parecer: ele o ama. – O Homem Magro ama todas as suas vítimas. O que não o impede, como o carrasco mais atencioso e terno, de prostrá-las aos pés do meu pai.
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Você ama uma mulher. A mulher não te ama. Mulheres que não amam são caras. O senhor quer comprar essa mulher.
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No meio da sala, cheia de brilho cortante, estava Joh Fredersen, segurando uma mulher nos braços. E a mulher era Maria. Ela não resistia. Bem curvada nos braços do homem, ela oferecia a boca, a boca sedutora, aquela risada mortal…
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Josafá observava o homem que o escolhera como amigo e irmão, a quem ele havia traído e para quem ele havia voltado.
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ombro de Freder. E, de repente, como se sua alma fosse um jarro cheio que, ao
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Ela já havia testemunhado uma das máquinas de Joh Fredersen esmagando as pessoas como se fossem madeira seca. Ela gritou para Deus. Ele não a ouviu. Ela foi ao chão e nunca mais se levantou.
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Ele me destruiu, Maria, ele me destruiu! Roubou a mulher que era minha e que eu amava. Não sei se a alma dela sempre esteve comigo. Mas sua compaixão estava comigo e fez com que eu me sentisse um homem bom. Joh Fredersen levou a mulher de mim. Me deixou
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romper com sua teimosia: acha que estou mantendo você aqui por brincadeira? Acha que Joh Fredersen não tinha nenhuma outra forma de tirar você dos olhos de seu filho, além de trancá-la atrás do selo de Salomão de minha porta? Ah, não, Maria, ah, não, minha adorável Maria! Não ficamos ociosos durante todos esses dias! Roubamos sua linda alma, sua doce alma, o terno sorriso
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Fredersen não quer mais a paz, entende? Ele quer a decisão! A hora é esta! Seu eu roubado não deve mais advogar pela paz, porque através dele fala a boca de Joh Fredersen. E entre seus irmãos haverá alguém que a ama e que não a reconhecerá, que ficará em dúvida sobre sua identidade, Maria…
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Velas queimavam, com suas chamas em forma de espada. Espadas de luz, estreitas e brilhantes, formavam um círculo em volta da cabeça de uma garota...
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Na sua manhã, em seu meio-dia, no seu fim de tarde, na sua noite, a máquina uiva por comida, por comida, por comida! Vocês são a comida! Vocês são a comida viva!
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A multidão desvencilhou-se e continuou avançando. Sobre os ombros da multidão, a garota dançava e cantava. Cantava com a boca dos pecados capitais, vermelha como sangue:
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O coração de Metrópolis, a cidade-máquina, vivia em um salão branco semelhante a uma catedral. O coração de Metrópolis, a cidade-máquina, era guardado por um único homem. O nome do homem era Grot,
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Freder, uma ruína humana, parado sozinho na monstruosidade do prédio circular, ouvia o uivo suave da Nova Torre de Babel, profundo e sibilante como uma respiração, cada vez mais alto e mais claro.
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Porque Metrópolis tinha um cérebro. Metrópolis tinha um coração. O coração de Metrópolis, a Cidade das Máquinas, morava em um salão branco semelhante a uma catedral. O coração da cidade-máquina Metrópolis havia sido vigiado até hoje por um único homem. O coração de Metrópolis, a cidade-máquina, era uma máquina e um universo em si.
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Se a alavanca fosse posta na posição 3, então o jogo já se punha em marcha. Não era mais possível distinguir os raios cintilantes… Um leve arfar saía dos pulmões da máquina.
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E justamente agora ela estava na posição 12. A mão de uma jovem, mais delicada que vidro, tinha empurrado a alavanca maciça, antes na posição de “Segurança”, até a posição 12. O coração de Metrópolis, a grande cidade de Joh Fredersen, começara a ficar febril, afligido por doenças fatais, lançando ondas vermelhas de febre sobre todas as máquinas que alimentavam sua pulsação.
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Agora estou aqui de joelhos e pergunto: por que permite que a morte ponha as mãos nesta cidade que é sua? – Porque a morte está sobre a cidade segundo a minha vontade.
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A cidade deve perecer, Freder, para que você possa reconstruí-la… – Eu? – Você.
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Ele morreu, Freder, principalmente porque se atreveu a estender as mãos para agarrar a garota que você ama.
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Deus não pode ouvi-la! Desde que cheguei à terra na forma de um Grande Dilúvio, a fim de corromper todos os seres, exceto os da arca de Noé, Deus é surdo ao clamor de suas criaturas.
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Desde sua fuga da casa de Rotwang, ela havia sido jogada de horror em horror, sem poder assimilar um deles sequer.
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profundezas, se empilhavam os cadáveres das máquinas mortas até a altura de um prédio, elas, que tinham sido o terrível brinquedo da multidão quando a loucura invadiu Metrópolis.
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Freder tropeçou em direção à Casa da Torre, onde o coração da grande cidade-máquina de Metrópolis estava vivo.
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A mulher matou minha máquina! A maldita mulher liderou a horda! A mulher sozinha empurrou a alavanca para a posição 12! Eu vi enquanto eles me pisoteavam! A mulher tem que se afogar lá embaixo! Eu vou matar essa mulher!
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que o rugido de Azrael, o anjo da morte, se impunha tão profundamente?
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Ela não ouviu o grito animalesco de mulheres ao avistarem a garota que cavalgava os ombros de seus dançarinos, nem quando essa garota foi derrubada, atropelada, capturada e pisoteada – não viu a luta curta, horrível e desesperançada dos homens de fraque com os homens de linho azul, nem a fuga ridícula das mulheres seminuas diante das garras e dos punhos das mulheres dos trabalhadores.
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desligamento das máquinas destruíra também a estação de bombeamento, a proteção de sua cidade,
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Gritos de pessoas… Ele esperava ter se livrado delas. Mas aparentemente o todo-poderoso Criador não conseguia seguir sem as pessoas. Bem, não importava.
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Freder chegou a Rotwang... que soltou Maria. Ela caiu. Ela caiu, mas na queda conseguiu se segurar, apoiando-se na foice de ouro da lua sobre a qual estava a donzela coroada de estrelas.
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tese central de Thea von Harbou de que o coração deve ser o intermediário entre o cérebro e a mão foi ridicularizada como banal.
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A versão completa, com exceção de algumas cenas perdidas, só foi novamente disponibilizada em 2008, quando foi encontrada uma cópia em uma cinemateca de Buenos Aires. O crítico de cinema Hans Langsteiner comentou sobre essa versão restaurada,
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racionalidade sem limites de uma sociedade estratificada perfeitamente organizada, com uma classe proprietária vivendo em luxo e uma operária anarquista e revoltosa que deve ser substituída por máquinas.
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Rotwang persegue sua vingança particular porque perdeu Hel, a mulher que amava, para Fredersen. E assim dá à sua máquina a aparência de Hel, que é, ao mesmo tempo, a aparência de Maria, a alma da classe trabalhadora, que encarna tudo o que é bom e belo nas mulheres. Assim, a mulher, que, muito peculiar, se chama Maria, se opõe a um desagradável duplo, que incita os trabalhadores a se revoltarem e derrubarem Fredersen.
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por um lado, adoração à máquina, por outro, a sabotagem ludita das máquinas. A matéria do livro não é a tecnologia, é a emoção. A linguagem do romance, o sentimento exagerado, é hoje mais do que nunca percebida como kitsch, e seus componentes estão no campo do simbolismo.
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era casado, ela também. Aliás, a morte da primeira esposa de Fritz Lang, Lisa Rosenthal, é só um dos muitos mistérios não explicados da história de Von Harbou e Lang, já que Thea estaria presente quando Rosenthal cometeu suicídio com uma arma de fogo. O que não é mistério é que o casal tinha uma aliança artística e erótica das mais férteis,
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e a produção mais cara de sua época e de muito tempo depois – justifica o impacto que ele causa até hoje, mesmo em tempos de CGI e orçamentos estratosféricos.
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O filme é, mesmo com todos os seus defeitos, um de nossos poucos clássicos cinematográficos, e isso porque oferece ícones. Os exageros visuais são metáforas que grudam na mente. Lang viu pela primeira vez as torres
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