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Kindle Notes & Highlights
Ao longo dos anos seguintes, aos pouquinhos, fui deixando de ligar para coisas pequenas que me irritavam. Passei a dizer não aos “RSVP” de alguns drinques happy hour. Fiz inimizade com algumas pessoas verdadeiramente irritantes no Facebook. Recusei-me a sofrer suportando mais uma “leitura” de “peça” de teatro. E, aos poucos, comecei a me sentir melhor. Menos sobrecarregada. Mais tranquila. Eu desligava na cara do pessoal de telemarketing; dizia não aos passeios de fim de semana com crianças pequenas; parei de assistir à segunda temporada de True Detective: depois de apenas um episódio. Eu
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Algo lhe dá prazer? Então, sem dúvida, continue a dar importância. Mas talvez a questão mais importante seja: Isso o irrita? Se esse é o caso, você precisa parar de ligar, rapidinho.
Em lugar de seguir cegamente forçando a barra e dizer sim, sim, SIM!!! para todo mundo e todas as coisas que demandam seu tempo, energia e/ou dinheiro (incluindo a compra e leitura desse livro), a primeira coisa que você deve se perguntar antes de dizer essa palavrinha nojenta de três letras é: Será que realmente me importo?
Pare de dizer sim, automaticamente, para satisfazer aos outros e, em lugar disso, tire um momento para questionar não apenas se você liga (ou seja, dá importância) para a questão em pauta, mas se aquilo merece consideração (ou seja, seu tempo, energia e/ou dinheiro), tendo em mente seu Orçamento de Ligações de Foda-se.
Quando você para e pensa, a vida é uma série de escolhas de sim e não, coisas a que damos importância ou para as quais ligamos um solene foda-se. Se você continuar no caminho em que se encontra, ao final de cada dia, semana ou mês, é certo que se verá escavando o fundo do seu barril de consideração – momento em que você irá perceber que toda a consideração que você distribui é em benefício dos outros, não de VOCÊ mesmo. O Método Arrependimento Zero muda tudo isso. Está na hora de dar uma virada, reverter a maldição e parar de distribuir toda sua consideração por motivos errados, para todas as
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Isso pode parecer egoísta, e é. Mas também cria um mundo melhor para todos aqueles que estão ao seu redor. Você vai parar de se preocupar com todas as coisas que você tem que fazer e começar a focar nas coisas que você quer fazer. No trabalho, você será mais feliz e amigável; seus colegas e clientes serão beneficiados. Você estará mais descansado e será mais divertido com seus amigos. Talvez você passe mais tempo com sua família, talvez, passe menos, tornando esses momentos compartilhados com eles ainda mais preciosos. E você terá mais horas, energia e/ou dinheiro para se dedicar a viver a
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sabe aquela vergonha, ou culpa, que você sente quando está se esforçando para não dar a menor bola? Geralmente, não é por você estar errado em não ligar. É porque você está preocupado com o que os outros podem pensar sobre a sua decisão. E, sabe de uma coisa? Você não tem controle algum sobre o que as pessoas pensam. Pelo amor de Deus, você já tem bastante dificuldade em decifrar o que VOCÊ pensa! Acreditar que você tem algum controle sobre o que as pessoas pensam – e desperdiçar sua consideração nisso – é fútil. É a receita do fracasso, elevada à enésima potência.
Assim que percebi a diferença entre ter consideração com alguma coisa e ligar para o que as pessoas acham sobre o que eu acho importante, tudo começou a entrar nos trilhos.
Há dois motivos para que você esteja inclinado a dar importância ao que outras pessoas pensam: porque você não quer ser uma pessoa ruim e porque você não quer parecer uma pessoa ruim. Claro que você deve continuar a ter consideração pelo que outras pessoas pensam quando isso disser respeito aos sentimentos delas (por exemplo, você vai magoar alguém diretamente por não dar a mínima para a situação que se apresenta?). Seja sincero, você sabe muito bem quando está magoando alguém. O que eu estou dizendo é que você não precisa dar importância ao que eles pensam quando isso tem a ver com as
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Você evita totalmente a possibilidade de magoar alguém quando aborda o conflito pela ótica da opinião pura e simples.
“Eu sei, eu sei, todo mundo tem uma opinião!”
Mas se você não tem do que se lamentar, você pode a) parar de se sentir arrependido e b) parar de se desculpar!
Repassando: se o fato de você não dar a mínima afeta diretamente alguma outra pessoa (como declinar a compra de manteiga de amendoim caseira, ou o julgamento das escolhas dos pais alheios), seja sincero e educado quanto à sua decisão, tente focar na diferença de opinião e em 99% do tempo tudo correrá bem. Mas se ligar o foda-se afeta somente você (como não se embonecar toda apenas para ir ao supermercado), então por que você deveria ligar para o que os outros pensam? Deixe que eles tenham suas opiniões sobre sua calça de ioga e sua camiseta largadona: você está à vontade e não vai apanhar do
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Você precisa a) parar de se preocupar com o que os outros pensam e b) fazer um orçamento de suas ligações de foda-se com isso em mente. Sem tempo ou energia? Biscoito Oreo neles! Com grande frequência, nós alocamos nossas considerações, sem um objetivo final à vista. É coisa de momento e dizemos sim, fazendo planos, concordando em passar o fim de semana em Toronto, antes de nos darmos conta, É... eu não pensei nisso direito... De modo a maximizar seu potencial para a felicidade, você precisa considerar os desfechos antes de se comprometer a conceder suas considerações. Seu tempo, energia e/ou
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A Mágica Transformadora do F* tem tudo a ver com priorizar. Prazer acima da irritação. Escolha acima de obrigação. Opiniões versus sentimentos. Manter um orçamento. Olhos fixos no prêmio. Vamos revisar o básico – as ferramentas e processos para Decidir Ligar o Foda-se ou Não, para que você possa Ligar o Foda-se ou Não: Dar importância (ou ligar o foda-se) afeta somente você? Ou outros? No caso da primeira opção, você já está adiantado no jogo! Se a opção for a última, você precisa primeiro parar de ligar para o que os outros pensam, antes de ligar o foda-se para a questão em pauta. De modo a
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Fingir sinceridade: eu sou a encarnação do “se você não tem nada agradável para dizer, não diga nada”. Simplesmente não caio nessa.
Os dois motivos mais comuns para termos considerações excessivas no trabalho são: Temer o julgamento de um chefe (que controla nosso pagamento). Temer o julgamento de um colega de trabalho (com quem passamos a maior parte do nosso dia). Tudo isso é aparentemente compreensível, mas você já parou para pensar: O quanto é difícil de fato ser demitido, se você estiver fazendo um trabalho digno. Como, no fundo, você se preocupa tão pouco quanto ao fato da Gail, do marketing, gostar de você. Dane-se a Gail e sua meia-maratona para levantar fundos para os ursos-polares, certo? Mas voltaremos a falar
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A questão é que você só pode controlar o quão BEM você realiza seu trabalho e QUANTO tempo e energia você dedica para minimizar a irritação e maximizar o prazer. Aplicar o Método Arrependimento Zero à sua vida profissional e dar zero (ou menos) importância aos aspectos irritantes do seu emprego pode ser algo surpreendentemente simples – e não tem que resultar em sua demissão por incompetência ou insubordinação.
O Vórtice da Estima ocorre quando você se preocupa mais em ser estimado do que ser digno de respeito. Você acaba se debatendo em sua própria bolha devastadora de bobagens. Por quê? Porque você não pode controlar o fato de alguém gostar ou não de você.
O que você pode controlar – dando importância aos aspectos do seu emprego que o tornam bom para cacete no que você faz – é se você é digno do respeito de alguém. Eles podem ou não respeitá-lo (afinal, eles também têm seu próprio orçamento de ligações de foda-se), mas, se você fizer um bom trabalho, pelo menos você sabe que é digno.
Na biografia Steve Jobs, escrita por Walter Isaacson, o falecido presidente da Apple argumenta que “gente que sabe o que está dizendo não precisa de PowerPoint”. Ele estava certo. Dane-se o PowerPoint.
Eu já disse antes e direi outra vez: é muito difícil ser demitida de uma função que você desempenha bem. E, por conta de todas as coisas que você simplesmente tem que considerar de modo a desempenhar sua função – tem de haver pelo menos cinco para as quais você poderia passar a ligar o foda-se e, portanto, melhorar expressivamente sua vida cotidiana. Código de indumentária é uma delas.
Já ouviu falar na “Teoria da Janela Quebrada”? Essencialmente, ela sugere que se pequenas infrações (como jogar lixo no chão ou vandalismo) forem toleradas, em breve todo o ambiente será vítima da destruição em larga escala.
De qualquer forma, ninguém liga para o fato de você estar lá, você é meio desenturmado.
O negócio é que as pessoas depositam muitas considerações delas em seu celeiro mental. Algumas ficam por um breve período de tempo. Outras ficam juntando poeira, num canto dos fundos, durante anos. Não importa – a verdadeira questão é: como essas coisas foram parar ali? Ah, sim, isso mesmo. Foi você quem as deixou entrar.
Agora que sou praticante do Método Arrependimento Zero, posso determinar com rapidez e facilidade, se dou importância ao pedido feito, se ele afeta a mim ou alguém mais, e depois agir segundo minha decisão, de maneira sincera e educada, o que me deixa com mais tempo, energia e dinheiro para gastar em outras coisas. Posso colocar um cadeado na porta do meu celeiro e só deixar entrar as coisas que a) tenho espaço para abrigar e b) fico feliz em guardar para você, por uma noite, algumas semanas, ou eternamente.
“eu tenho uma política pessoal contra doar para novos projetos, porque se eu doar para um, sinto que tenho que doar para todos. Simplesmente não posso pagar e se eu tiver que escolher, eu não gostaria que ninguém que amo pensasse que eu o valorizo mais ou menos que outra pessoa.”
E um ganho a mais quanto a desenvolver uma política pessoal é o fato de ser sua política, portanto, você pode corrigir ou suspender quando quiser – e ninguém quer discutir com você, porque eles temem magoar você!
ÀS VEZES, NÃO FAZ MAL MAGOAR OS OUTROS
quando se trata da Categoria Três, estranhos (e até eventuais conhecidos), tenho que lhe dizer: às vezes, quando se busca viver o melhor da vida, simplesmente não dá para se preocupar com quem está ficando magoado no caminho. Não dar a mínima – e reservar suas considerações para o que for realmente importante para você – é um processo evolutivo. Isso significa priorizar o que há de importante, baseado no que chega até você, todos os dias. E haverá dias em que magoar um estranho estará na lista de prioridades.
em algum momento, algum dia, você saberá quando está correto magoar alguém, no processo de ligar o foda-se. Os economistas chamam isso de custo-benefício. Eu chamo de bom senso.
Uma vez que você se sente culpado, você já fracassou em ligar o foda-se. Fim de jogo. Porque sentir culpa significa que você não foi capaz de usar, com eficácia, as ferramentas e as perspectivas que lhe ensinei, não somente para ligar o foda-se, mas para sentir-se mais feliz ao fazê-lo.
Ligar o foda-se sempre deve resultar em um prazer, uma satisfação, uma felicidade maior. Não pode ser um comichão na virilha. O que torna ainda mais importante estudar o Método Arrependimento Zero e usar todas as ferramentas ao seu dispor para desligar a máquina de culpa da família,
É uma verdade universalmente reconhecida que os membros de uma família tendem a achar que outros membros da família têm que dar importância às suas vidas, só porque eles compartilham do mesmo DNA. Pense nisso, por um segundo. Isso faz algum sentido? Não, não faz. Um dos pilares básicos da consideração é a escolha acima da obrigação. Você quer poder escolher como gastar seu tempo, energia e dinheiro de modo a maximizar seu prazer em qualquer relacionamento que seja, ou qualquer tarefa, produto ou evento. Coisas que você pode controlar versus coisas que não pode. E como todos nós sabemos, você
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Essa frustração é comum quando se lida com a família. Dá vontade de jogar as mãos para o alto e ceder por conta da OBRIGAÇÃO e da CULPA.
Há cerca de cinco minutos, declarei que não fazia o menor sentido dar importância a alguém ou alguma coisa só por conta de seu elo genético com aquela pessoa ou coisa. Com exceção de seus próprios filhos, aos quais você meio que deve, por tê-los colocado nesse mundo – pelo menos, até que eles tenham idade suficiente para se defender sozinhos –, você simplesmente não tem obrigação de ter essa consideração. Talvez você ache que tem. Mas não tem. E muitos de vocês já sabem disso, o que indica que talvez haja esperança para vocês, no fim das contas.
Rivalidades entre irmãos, rancores, argumentos fúteis, e “DRAMA!!!” figuraram na pesquisa junto com receitas “famosas” de saladas de batata, numa reunião em família. Está bem claro que ninguém está nem aí quanto a quem disse o que, de quem foi a culpa, ou de qual de nós a mamãe gosta mais
Se você for sincero e educado quanto à sua diferença de opinião e pedir que religião não seja mais um assunto de discussão em família, você não estará sendo um babaca. Estará sendo sensato e se alguém se magoar, não é culpa sua. Deixe-me lhe indicar aquele tratamento de Robin Williams, em Gênio indomável: Não é culpa sua. Não é culpa sua. NÃO É CULPA SUA. Portanto, da próxima vez que sua tia Jennifer fizer uma referência pouco sutil à sua inclinação a viver em pecado com sua namorada, apenas limpe os ovos nevados do queixo e diga: “Eu respeito sua opinião, tia J, mas preferiria não falar sobre
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O poder da sinceridade não pode ser contido. Nem posso lhe dizer quantas considerações a mais você acaba tendo que ter, quando tenta contornar a situação. Só em falar isso já parece exaustivo.
“Dick, Jane, amo vocês, mas nós não vamos ter essa conversa.” Então, me virei para o meu marido – que compartilha das minhas visões políticas, mas que gosta de falar sobre elas bem mais do que o necessário – e disse: “estou falando sério.” Não houve sequer sinal de mágoa. Nós mudamos de assunto, rimos um bocado, lambemos o restinho de molho tártaro dos nossos dedos e saímos, noite afora. É assim que deve ser um jantar em família. E pode ser, se você fizer um orçamento apropriado de suas considerações e ligações de foda-se.
Esconder dos meus familiares que bebo, quando eles são meu motivo para beber
Se você continuar a distribuir suas considerações para tudo que não lhe traz prazer ou alegria, as considerações continuarão a ser esperadas de você. Como papelada inútil e as reprises de Keeping up with the Kardashians, isso é um círculo vicioso. Lembra de como uma política pessoal abre um precedente, de maneira positiva? Dar consideração também abre um precedente – e dificulta muito que essa consideração deixe de ser dada, no futuro.
Tempo, energia e dinheiro são coisas que você ganha passando a não dar a mínima.
Tempo Às vezes, tudo que você quer é uma hora livre para tomar um banho gostoso e cortar as unhas dos pés. Ao ligar o foda-se para o churrasco vegetariano do seu vizinho, você ganha essa hora. De molho na banheira! Energia Às vezes, você gostaria de levantar e ir para a academia, às 6 da manhã, quando não tem ninguém olhando. Ao não dar a mínima para o jantar festivo que alguém mandou mal, marcando às 22h de uma terça-feira (que diabos?), você pode ficar sóbria, descansar e estar de olhos alertas na quarta cedo, para seu encontro com a esteira. Dinheiro Às vezes, você quer tanto uma viagem de
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É importante não confundir a nova sensação de liberdade com arrependimento ou vergonha. Você tomou a decisão certa. Pelo amor de Deus, eles cantaram um disco inteiro de música sertaneja! Isso não pode provocar a pontada de arrependimento[*] que você está vivenciando; é liberdade, temperada com pena pelo resto de seus colegas de trabalho. Você vai acabar ligando o foda-se para a maioria desses sentimentos.
Abordar suas ligações de foda-se a partir de uma perspectiva honesta permite que você diga coisas como “lamento, eu não tenho tempo para ler seu romance sobre gnomos, mas lhe desejo boa sorte” ou “eu não gosto de chá”. Simples e direto, e se abordado da maneira certa, muito eficaz. Não magoar as pessoas e não ser flagrado numa mentira é a forma mais pura de Arrependimento Zero. Você não tem nada com que se atormentar OU pelo que se desculpar.
se você for encurralado, faça como Hotspur, em Henrique VI: Primeiro Ato. Diga: “Ó, cavalheiros, o tempo da vida é breve!” depois dê meia-volta e parta para outra sala, e rapidamente se despeça à irlandesa.[*] (Excelente, EXCELENTE estratégia para ligar o foda-se, em incontáveis circunstâncias).
inclua alguns bônus de performance. Por exemplo, se você simplesmente não pode evitar uma reunião de família, agende uma massagem para o dia seguinte, para que você tenha alguma expectativa boa. Melhor ainda, solicite a massagem como seu presente de feriado, para que sua família esteja essencialmente pagando de volta a consideração que você deu!
Mais uma vez, quero revisitar o objetivo geral do Método Arrependimento Zero, que não é meramente parar de dar importância às coisas que nos irritam – é nos libertar para que possamos dedicar atenção qualitativa às coisas que nos trazem prazer.
O detox mental é ainda melhor que o detox físico porque ele não para nos limites do teto ou paredes. O interior de seu crânio pode estar repleto de massa encefálica rosada, mas aquelas partes intangíveis de ansiedade, preocupação, pânico e medo foram varridas e estão mais limpas que uma igreja antes da visita do papa. Os benefícios da saúde mental provenientes de ligar o foda-se são vastos e intermináveis. Por exemplo, apenas pense no que poderia acontecer, décadas à frente, se hoje você decidir não sentar mais na missa de domingo (perdão, papa) e, em vez disso, dedicar essa consideração a
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