O facto é que um dia apresentei a mim próprio esta questão: se Napoleão estivesse no meu lugar, se não tivesse no começo da sua carreira Toulon, o Egito, a passagem do monte Branco, e se se encontrasse ante um assassinato a cometer para assegurar o seu futuro, repugnar-lhe-ia matar uma velha e roubar-lhe três mil rublos? Uma tal ação seria desprovida de prestígio e muito... criminosa? Durante muito tempo quebrei a cabeça com esse problema e senti-me envergonhado quando, por fim, reconheci que ele não teria hesitado, que nem mesmo teria admitido a possibilidade de hesitar. Não tendo outra
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