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imaginar o mundo deve ser mais bonito mesmo.
pensei que a carla voltaria quando cansasse de morrer
é morrer, porque morrer é não poder mais escolher o que farão com a sua carne. quando estamos vivos, muitas vezes também não escolhemos. mas tentamos.
o problema foi a perda da parte de mim que acreditava, vazou no banho um dia pelo ralo, escorreu e a água rápida mandou pro cano que levou pro rio.
amassei o amor tentando esquecer.
seu amor por mim escorria virando Ódio, virando ímpeto.
as mulheres abusadas nas trincheiras e nos viadutos não estão nos livros de história.
ele precisa saber que a chuva traz paz só pra quem mora no topo quando chove o rio sobe tão alto que vira grito,
tenho amigos que não morreram mas é como se eles tivessem morrido, ninguém se fala apesar de ser possível.
quanta gente triste dentro da TV. se for assim então eu bem que podia ser atriz de novela numa boa.
ficarei triste por eu ser eu mesma e não haver outra saída possível pra deixar de ser eu e ainda assim seguir vivendo.
a pena de crescer é querer entender tanto.
entendendo que o tempo sempre leva as nossas coisas preferidas no mundo e nos esquece aqui olhando pra vida sem elas.
porque no tempo da minha memória somos pra sempre. não existe morrer dentro, é como uma canção. as canções não morrem nunca porque elas moram dentro das pessoas que gostam delas.
o moleque não era nem nascido e já tinha gente pensando na sua profissão. o trabalho é por tantas vezes a maior tristeza da vida de uma pessoa e é só nisso que certos pais pensam, no filho crescendo e sendo alguém sendo que esse ser alguém envolve tudo menos Ser.
quase não sinto nada além de saudade, professora.
ser adulto por vezes não deixa a beleza das coisas entrar tão facilmente, a gente começar a desconfiar.
não ver alguém nunca mais por questões sentimentais doía menos do que não ver alguém nunca mais porque a pessoa deixou de existir.