A burocracia não é um processo natural da vida. Ao contrário da respiração e dos batimentos cardíacos do seu Fernandes, que continuavam pulsando ordenadamente no compasso da existência. As regras se destinam às pessoas e não à preservação da burrice que nada vê e nada sente. Imaginar que os riscos de fraude que levam a esse tipo de controle são maiores que a presunção da boa-fé e do respeito que se deve ter por outro homem, especialmente por aquele que ousou viver 90 anos nesse contexto, é sucatear a humanidade.

