Dhammapada: O Caminho do Darma
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Read between January 2 - April 3, 2020
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quatro nobres verdades que conduziam ao Darma, o caminho para a iluminação: a existência do sofrimento; a origem do sofrimento; a interrupção do sofrimento; e o caminho que nos leva à cessação do sofrimento.
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Acaso um homem fale ou aja com a mente pura, a felicidade o seguirá, como uma sombra que jamais lhe abandona.
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Pois não há tempo em que o ódio possa ser apaziguado pelo ódio: o ódio é apaziguado tão somente pelo amor. Esta é uma lei antiga.
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Aquele que vive exclusivamente para a busca do prazer, que não controla seus sentidos, que não modera sua alimentação, que vive uma vida de ociosidade e fraqueza, será facilmente subjugado por Mara [1], da mesma forma que o vento derruba uma árvore frágil.
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Aquele que mal pratica a reflexão, ainda que saiba recitar uma boa parte das leis, se não as pratica e obedece, não tem lugar na senda sagrada, mas se comporta como o pastor que policia o gado alheio.
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Quando o homem que obteve conhecimento se livra da vaidade através da autorreflexão, ele, que é sábio, se comporta tal como o montanhista, que do topo do monte da sabedoria observa aqueles que vivem nos vales da ignorância. Sereno, ele vê toda a multidão em agito e angústia, mas se mantém em paz.
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Como um artesão de flechas faz sua flecha reta, o sábio endireita o seu pensamento agitado e instável, que se deixado livre, torna-se cada vez mais difícil de ser domado.
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Já se os pensamentos de um homem não são fragmentados, se a sua mente não se encontra atada a luxúria, se ele cessou os julgamentos acerca do bem e do mal, então, enquanto se manter vigilante, ele viverá sem medo.
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Seja o que um ser preenchido de ódio possa fazer a outro ser preenchido de ódio, ou um inimigo ao seu rival, nada se compara ao dano que uma mente mal guiada pode causar a si mesma.
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Aquele que sabe que este corpo é como espuma, e compreendeu que ele é insubstancial, uma mera miragem, agarrará a flecha com ponta de flor atirada por Mara em pleno ar, e a partirá, e jamais será novamente o seu alvo.
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Um sábio não deve voltar sua atenção para as perversidades alheias, nem julgar em demasia as suas ações ou omissões. Um sábio deve voltar sua atenção para os próprios defeitos e negligências.
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O odor fétido de Mara jamais consegue vencer o perfume do homem virtuoso, que se dedica a autorreflexão, e que alcançou a liberdade através do conhecimento da essência da vida.
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Sobre um monte de esterco pela beira da estrada nasce uma flor-de-lótus, cheia de perfume e beleza.   59. Da mesma forma, mesmo sobre o atoleiro dos iludidos que tateiam na escuridão do mundo, o discípulo do Buda, aquele que despertou, reflete a sua sabedoria e se torna a luz no Caminho.
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Longa é a noite para o insone; longo é o quilômetro para o fatigado; longa é a vida para o tolo que não conhece a sua essência.
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61. Se um buscador não cruza em seu caminho com alguém mais sábio, ou ao menos tão sábio quanto ele, que o deixe seguir só em sua jornada; em seu caminho, não há razão para acompanhar o passo de um tolo.
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“Há uma via que nos leva a riqueza mundana, outra trilha bem diferente nos encaminha ao Nirvana.” – que todo monge, que todo o verdadeiro discípulo do Buda compreenda isto claramente; ele não buscará por honras e glórias neste mundo, mas antes cultivará o desapego do que não é a sua essência.
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Assim como uma rocha sólida não é abalada pela ventania, o sábio não se deixa abalar tanto pelo louvor alheio quanto pela culpa.
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Aquele que não anseia nem para si, nem para seus amigos ou familiares, muitos filhos ou riquezas ou propriedades de terra, e que não aceita alcançar o sucesso por meios desonestos, este é verdadeiramente virtuoso, sábio e justo.
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O sábio deve abandonar as sombras da vida ordinária e ater toda a sua atenção na luz sobre o Caminho. Após enfim abandonar a própria casa, e atingir o estado da mendicância, ele deve buscar a alegria perene no desapego, o que não é tarefa simples. Tendo já abandonado pelo Caminho todos os desejos e prazeres, não tendo mais absolutamente nada para chamar de seu, o sábio deverá se purificar também das impurezas mentais, o que não é tarefa simples.
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Aqueles que não acumulam riquezas, que vivem só do que podem comer, que perceberam o vazio e a liberdade incondicional, o seu Caminho é de difícil compreensão – os seres da terra não sabem para onde se dirigem os pássaros.
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Se um homem quer se apressar em direção aos atos de bondade, ele deve manter sua mente longe do mal. Se, no entanto, ele se demora em realizar o bem pretendido, logo a sua mente se deleitará novamente no mal.
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Que um homem evite o mal da mesma forma que um mercador cheio de riquezas, e com uma frágil escolta, evita as estradas mais visadas e perigosas. Que um homem evite o mal da mesma forma que aquele que ama a vida evita o veneno.
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Aquele que, em busca de sua própria felicidade, oprime ou assassina outros seres que buscam a felicidade, já não encontrará mais a paz neste mundo.
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Não fale aos demais de forma áspera e grosseira, pois a palavra violenta vai gerar respostas violentas. O discurso de ódio gera a dor: aquele que machuca logo vai se acostumar a ser machucado.
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Aquele que inflige a dor nos inocentes e nos inofensivos logo chegará a um destes dez estados:   138-140. Uma dor aguda; um desastre; uma lesão corporal; uma doença grave; uma perturbação mental; infortúnios advindos do governante (da sua região); uma grave acusação; a perda de parentes; a perda de bens materiais; ou, finalmente, um incêndio destruirá sua casa e consumirá seu corpo, e ele ressurgirá no reino do inferno.
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aquele que, mesmo trajando vestes luxuosas, exercita a tranquilidade, é quieto, calmo e de bom ânimo, que, bem estabelecido em seu Caminho, deixa de julgar qualquer pequena falta nos demais, esse é verdadeiramente um asceta, um monge desapegado deste mundo.
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Buscando o construtor desta casa, que é a vida, eu deverei vagar pelo longo percurso de muitas existências; enquanto eu não encontrá-lo, será este o meu destino. Ó, e como é doloroso renascer de novo, e de novo, e de novo...
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O eu é o senhor e o protetor de si mesmo: quem mais poderia ser? Com a plena disciplina da própria mente, o sábio se torna senhor entre os senhores.
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O mal realizado por alguém causará sofrimento a própria pessoa da qual se originou. O mal que deixou de ser realizado por alguém ajudará na purificação da própria pessoa que soube dominar a si mesma. Assim, a pureza e a impureza pertencem ao puro e ao impuro; ninguém pode purificar o outro: só o ser em si poderá se purificar.
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Que vivamos felizes então, não retribuindo o ódio que outros nos endereçam. Vivamos assim, livres de todo o ódio, mesmo em meio às pessoas hostis.
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A vitória faz nascer à inimizade, pois sofrem os que foram derrotados. Aquele, porém, que abdicou tanto do desejo da vitória quanto do medo da derrota, este vive na alegria.
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Aquele que é virtuoso e inteligente, que é justo e fala a verdade, e que se preocupa mais em cuidar da sua própria vida do que da vida alheia: este será querido em sua vizinhança.
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Fale a verdade, não se deixe enredar pela raiva e, caso lhe peçam um bocado do seu alimento, dê a quem mais necessita dele. Através destes três passos, você se aproxima dos deuses.
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“Eles culpam os que se sentam em silêncio, eles culpam os que falam em demasia, e eles também culpam os que falam pouco: não há neste mundo quem esteja livre de acusação”.
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“Todas as coisas, todas as criaturas são impermanentes” – quando uma pessoa reflete profundamente acerca desta verdade, ela se afasta do sofrimento. É este o caminho para a purificação.
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Aquele que se recusa a se esforçar quando é tempo de esforço, aquele que, embora jovem e forte, vive cheio de preguiça, possuí a vontade fraca e a mente desprotegida – alguém tão indolente jamais encontrará o Caminho.
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Anteriormente a minha mente vagueou como bem entendeu, foi aonde quis e aonde obtinha mais prazer. Hoje, entretanto, ela se encontra domesticada pela sabedoria, da mesma forma que o adestrador do elefante o controla plenamente.   327. Vigia os seus pensamentos! Saia deste charco de desejos desenfreados, assim como um elefante vigoroso sai do lamaçal.
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Uma árvore, ainda que tenha o seu tronco cortado, poderá renascer, desde que a firmeza de suas raízes não tenha sido abalada. Da mesma forma o anseio poderá ressurgir, se as suas raízes não forem arrancadas.
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Assim, percebendo que um de seus brotos voltou a nascer, corre e o arranque logo pela raiz: a isto chamamos sabedoria.
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Enredados em um jardim de ilusões, os homens que não podam as suas trepadeiras ainda irão renascer muitas e muitas vezes neste mundo.
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Aqueles que se mantêm como escravos das suas paixões são arrastados pela correnteza dos próprios desejos, como uma aranha descuidada que se enreda na própria teia. Os sábios, no entanto, aprenderam a cortar a sua própria teia, e abandonaram todo tipo de apego, sem qualquer saudade da sua época de escravidão.   348. Deixe para trás o que já se passou. Desapegue-se de tudo o que se passa neste dia. Abandone o anseio pelo que ainda está por vir.
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Se uma pessoa é atormentada por dúvidas constantes, se ela é dominada pelas próprias paixões e só tem olhos para a busca desenfreada pelo prazer, então o seu anseio só vai crescer, dia após dia.
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Os prazeres destroem os tolos, caso eles não busquem a outra margem da existência. O tolo destrói a si mesmo em seu anseio desenfreado pelo prazer, ele se comporta como o seu próprio inimigo.
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Não se deve desprezar aquilo que foi recebido, nem invejar os demais. O monge que inveja o ganho de seus irmãos não consegue alcançar a paz em sua própria mente.
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Medita, ó monge, e não seja desatento! Não dirija o seu foco mental para os prazeres sensuais, de modo que a sua negligência não o faça engolir uma bola de ferro em brasa, para que não precise gritar: “Isto é o sofrimento!”.
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Que ele viva pela caridade, e que tome sempre a via reta do Darma. Assim, na plena realização do seu dever, ele encontrará sempre a alegria, e fará cessar todo o sofrimento.
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Desperte, acorde para si mesmo. Que a sua consciência seja a investigadora da sua própria mente. O monge que está sempre na plena vigília de si mesmo viverá sempre na alegria do Caminho.